Publicado 23/05/2021 06:00
Hoje é celebrada a solenidade de Pentecostes, que nos leva a reviver os primórdios da Igreja. O livro dos Atos dos Apóstolos narra que, 50 dias depois da Páscoa, na casa onde se encontravam os discípulos de Jesus, “de repente, veio do céu um barulho, como se fosse uma forte ventania... e ficaram todos cheios do Espírito Santo”.
Os discípulos ficaram completamente transformados por esta efusão: o medo é substituído pela coragem, o fechamento cede o lugar ao anúncio e cada dúvida é afastada pela fé repleta de amor. Aquele acontecimento, que transforma o coração e a vida dos Apóstolos e dos outros discípulos, repercute-se imediatamente fora do Cenáculo.
A porta que ficou fechada durante 50 dias finalmente foi aberta e a primeira comunidade cristã, não mais fechada em si mesma, começa a falar às multidões de diferentes proveniências sobre as maravilhas de Deus, ou seja, sobre a Ressurreição de Jesus, que fora crucificado. E cada um dos presentes ouve os discípulos falarem na sua própria língua.
A Igreja não nasce isolada, mas universal, una, católica, com uma identidade específica, mas aberta a todos, não fechada, com uma identidade que abrange o mundo inteiro, sem excluir ninguém. A mãe Igreja não fecha a porta na cara de ninguém! Nem sequer ao maior pecador. E isto devido à graça do Espírito Santo.
Como naquele dia de Pentecostes, o Espírito Santo é derramado continuamente também hoje sobre a Igreja e sobre cada um de nós, para que abandonemos as nossas mediocridades e os nossos egoísmos e comuniquemos ao mundo inteiro o amor misericordioso do Senhor.
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