Publicado 06/06/2021 06:00
Rezar não é fácil: há muitas dificuldades que surgem na oração. É preciso identificá-las e superá-las. Um grande problema que sempre aparece para aqueles que rezam é a distração. Começamos a rezar e depois a mente viaja, roda pelo mundo inteiro; o teu coração está ali, mas a cabeça está em outro lugar.
De fato, a mente humana tem dificuldade de se concentrar por muito tempo em um único pensamento. Todos nós experimentamos este turbilhão de informações que nos acompanham até durante o sono.
A luta para alcançar e manter a concentração não se limita à oração. Se não conseguimos atingir um grau de concentração suficiente, não é possível estudar com proveito, nem trabalhar bem. Os atletas por exemplo, sabem que as competições são ganhas não só pelo treino físico, mas também pela capacidade de estarem concentrados e de manter alerta a atenção.
O Papa Francisco nos ensina que as distrações devem ser combatidas. E que, no patrimônio da nossa fé, há uma virtude que é frequentemente esquecida, mas que está muito presente no Evangelho: a vigilância.
Jesus repete com frequência: “Vigiai e rezai”. Jesus chama frequentemente os discípulos ao dever de uma vida sóbria, guiada pelo pensamento de que mais cedo ou mais tarde ele voltará. No entanto, sem saber o dia nem a hora do seu regresso, todos os minutos da nossa vida são preciosos e não devem ser desperdiçados em distrações.
É muito importante ficar concentrado no que realmente importa. Não se dispersar perseguindo todas as atrações que vem à mente, mas procurando empreender o caminho certo, praticando o bem e desempenhando a própria tarefa.
O que devemos fazer, então, nesta sucessão de entusiasmos e desânimos? Devemos insistir. O verdadeiro progresso na vida espiritual não consiste em multiplicar as conquistas, mas em ser capaz de perseverar em tempos difíceis.
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