Rio - Secretário de Saúde do ex-governador Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes acaba de dizer ao juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato, que o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) recebeu propina para a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Clínicas da Família. O valor teria sido pago pelo empresário Ronald de Carvalho, que tocou as obras.
Então secretário de Obras de Cabral, Pezão teria apresentado Sérgio Côrtes a Ronald de Carvalho, que teria sido contratado através de uma licitação direcionada para, depois, pagar propina a Pezão e Cabral. Carvalho é dono da Metalúrgica Valença. Desde 2009, quando foi criada, a empresa já recebeu mais de R$ 45 milhões em isenção de impostos, como ICMS. Carvalho também é dono da Metalúrgica Barra do Piraí.
Ex-presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado), Ícaro Moreno também teria participado do esquema fraudulento na Saúde. Ainda de acordo com Côrtes, houve fraude nas licitações dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), que são unidades de ensino e de profissionalização da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Em nota, o governador repudiou as acusações do ex-secretário de Saúde. "Repudio veementemente essa mentira sórdida, que vem de uma pessoa que não fez parte do meu secretariado. A afirmação absurda é um ato de desespero de alguém que já admitiu ser corrupto, esteve preso, vem sendo acusado frequentemente de corrupção e não honrou a classe médica. Agora, inventa mentiras para amenizar sua pena forçando uma delação premiada, com afirmações que são falsas e mentirosa", completou.
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