A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa amanhã, mas apenas três candidatos ao governo declararam despesas com produção audiovisual até o momento. Com 3 minutos e 43 segundos de propaganda e 12 inserções por dia, a campanha de Eduardo Paes (DEM) diz ter gasto R$ 199.200 para contratar uma produtora. Até agora, Tarcísio Motta (Psol) destinou R$ 43.600 para ficar bem no vídeo - o psolista terá programas de 9 segundos e uma inserção a cada dois dias. Já Wilson Witzel (PSC) foi o que declarou mais ter investido. Em sua primeira eleição, o ex-juiz federal gastou R$ 250 mil. Ele terá 27 segundos de programa e de uma a duas inserções por dia.
Indio da Costa (PSD), Anthony Garotinho (PRP), Pedro Fernandes (PDT) e Romário (Pode) ainda não divulgaram gastos com rádio e TV, sendo que os três últimos sequer divulgaram qualquer despesa até o momento. Pela lei, candidatos têm até o dia 13 de setembro para apresentar a primeira parcial da prestação de contas.
Indio quer selfie
Indio da Costa aparecerá em seu primeiro programa fazendo uma... selfie. Ele usou o próprio I-phone para se filmar. Além da linguagem informal que remete às redes sociais, a estratégia é sublinhar que sua campanha não tem gastos milionários. O primeiro episódio abordará Segurança Pública.
Nos ombros de Ana
Vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) à Presidência, a senadora Ana Amélia (PP-RS) ganhará cada vez mais destaque na campanha. O objetivo é captar o eleitorado feminino, um segmento que o adversário Jair Bolsonaro (PSL-RJ) tem dificuldade.
Protagonismo
Ana Amélia terá agendas separadas das de Alckmin, como se fosse a própria presidenciável. No Rio, ela virá mais três vezes até a eleição. Discutirá temas como violência doméstica e gravidez precoce em uma favela ainda a ser escolhida pelo PSDB e visitará cidades do interior e da Região Metropolitana.
Fator JN
A campanha de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ao Senado tem enviado kits com adesivos a eleitores que fazem a solicitação pela internet. Ontem, o número de pedidos foi dez vezes maior que a média. O salto é atrelado ao desempenho do pai, Jair Bolsonaro, na entrevista ao Jornal Nacional.
Queixa-crime
O Grupo Arco-Iris e a Aliança Nacional LGBT decidiram entrar com queixa-crime no Ministério Público Eleitoral contra Jair Bolsonaro. Na participação na TV Globo, o candidato disse que o movimento LGBT "está ensinando nas escolas que homem e mulher tá errado".
O problema sou eu
Apesar de ser da mesma coligação, Paes não subirá no palanque de Alckmin, como a Coluna já revelou. Disse ao tucano que, no Rio, está coligado com o MDB do presidenciável Henrique Meirelles e com o PV, que integra a chapa de Marina Silva. E que, por isso, não se sente confortável em aparecer com Alckmin. É como aquela desculpa de término de namoro: "O problema sou eu, não você." Ah, tá...
Irregularidade
Muitos políticos têm impulsionado posts na internet sem botar o CNPJ ou CPF e sem a inscrição 'propaganda eleitoral'. "A multa varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil", adverte o advogado eleitoral Carlos Frota.