Flávio Bolsonaro - Divulgação
Flávio BolsonaroDivulgação
Por PAULO CAPPELLI

A Coluna entrevista hoje o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), candidato ao Senado e filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ).

O DIA: Como está o seu pai?

Graças a Deus está melhorando. Os médicos falam que ele está tendo uma melhora acima da média. Mas foi uma cirurgia muito complicada, ainda tem uma bolsa de colostomia. Não tem previsão de sair do hospital, mas a minha expectativa é que não demore muito. Se ele puder estar em casa já nesta semana, vou ficar muito feliz.

Acredita que ele terá condições de voltar a fazer campanha na rua e a participar de debates?

No primeiro turno, não. Em primeiro lugar, a saúde dele. Sem falar na questão da segurança também, né? Quando ele voltar a ter esse contato nas ruas, do qual ele não abre mão, tem que ser vista a melhor forma de ser feita. A Polícia Federal, acredito eu, vai ter que se adaptar. Não pode acontecer de novo. Quanto aos debates, não sei se ele conseguiria autorização médica para isso. Mas já aconteceu tanto milagre, né? Quem sabe ele não consiga participar do último debate antes do segundo turno...

Vocês defendem o porte de arma. Se o criminoso estivesse com uma pistola, o seu pai não poderia estar morto?

Acho que do mesmo jeito o meu pai ia sobreviver. Foi um milagre o que aconteceu com ele. Uma facada do jeito que foi dada...

Imagina, então, um tiro bem dado...

É, podia ter acontecido. Se ele tivesse uma panela de pressão cheia de prego dentro e explodisse, podia ter matado o meu pai e mais gente ao redor. O instrumento não importa. Se o criminoso estivesse com um fuzil, tivesse atirado no meu pai e, depois, na multidão, enquanto não tivesse uma pessoa armada para impedir, ele iria continuar matando.

O discurso do seu pai é considerado por parcela da população como radical. Esse dito extremismo contribuiu para gerar o ambiente de acirramento que acabou levando ao condenável atentado?

De forma alguma. Meu pai foi vítima da violência que combate. E o atentado, da forma que aconteceu, é a prova de que ninguém precisa de uma arma para tirar uma vida. Uma faca poderia ter tirado.

Por que o senhor quer trocar a Assembleia Legislativa pelo Senado? Quais são os seus objetivos em Brasília?

O Congresso Nacional vai ser o protagonista, nos próximos quatro anos, das mudanças que a gente quer fazer no Brasil, as mudanças que a gente defende na legislação penal: redução da maioridade, aumento das penas de colarinho branco, retaguarda jurídica para o policial trabalhar com tranquilidade, o fim das audiências de custódia. Tudo isso a gente muda é na legislação federal. E também quero ser um intermediador, junto ao presidente Jair Bolsonaro, para conseguir as vitórias para o Rio de Janeiro.

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