Bolsonaro entre os filhos Flávio e Eduardo  - Reprodução Facebook
Bolsonaro entre os filhos Flávio e Eduardo Reprodução Facebook
Por PAULO CAPPELLI

Candidato ao governo do Rio, Eduardo Paes (DEM) trabalha para que o clã Bolsonaro adote postura de neutralidade neste segundo turno. Com isso, pretende frear o crescimento de Wilson Witzel (PSC), com quem disputará a preferência do eleitorado. E hoje é o 'Dia D'.

Recém-eleito senador, Flávio Bolsonaro (PSL) revela à Coluna que se reunirá nesta terça com os 13 nomes do partido que, no ano que vem, assumirão o mandato de deputado estadual. "Quero ouvir a preferência de cada um sobre a disputa ao Palácio Guanabara", disse o presidente do PSL-RJ. A tendência é que Witzel tenha a ampla maioria dos apoios. Isso, se não for aclamado por unanimidade. E o que isso tem a ver com o PT no segundo turno?

Segue

Antes de falar sobre o PT, um rápido parêntese. Witzel foi o único dos candidatos ao governo a fazer caminhada ao lado de um integrante do clã Bolsonaro (Flávio) no primeiro turno. Mas o futuro senador também participou de um ato no qual Paes estava presente e elogiou o "gabarito" e a "competência" do ex-prefeito. Ou seja, ambos têm relação cordial.

Vai dar, PT?

Com a eventual neutralidade do clã Bolsonaro na eleição fluminense, Paes oferece a mesma postura no que diz respeito à disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) para a Presidência. Ocorre que o PT do Rio, apesar da ótima relação com Paes, só dará palanque ao ex-prefeito caso este anuncie o apoio a Haddad. "Se o Eduardo ficar neutro, também ficaremos. Não tem nenhum apoio garantido", diz Washington Quaquá, presidente do PT-RJ.

Alô, peixe!

Quem já sinalizou apoio a Witzel é Romário (Podemos). O senador ligou para o candidato parabenizando-o e pediu que "tirasse esse lixo do estado". Indagado pela Coluna sobre eventual apoio público, o ex-jogador afirmou: "Isso depende de a gente sentar e conversar. Estou indo esta terça (hoje) para Brasília e volto no fim de semana. Se houver interesse, a gente pode conversar."

A presidência da Alerj

Com 13 eleitos para a Assembleia Legislativa, o PSL de Bolsonaro decide hoje se brigará pela presidência da Casa, já que, tradicionalmente, a maior bancada indica o presidente. Pesa contra a legenda, porém, o fato de todos serem deputados de primeiro mandato, sem conhecimento dos trâmites do Parlamento.

Agora é treze!

E o partido de Bolsonaro elegeu... 13 (!) deputados na Alerj. Que ironia.

Também no páreo

André Ceciliano (PT), presidente em exercício, André Corrêa (DEM), preferido de Paes, e Max Lemos (MDB) têm interesse na presidência da Alerj.

Caciques no 2º turno

Indio da Costa e o senador eleito Arolde de Oliveira pertencem ao PSD, mas têm posturas diferentes em relação a apoios. Indio diz que "o partido decidirá um caminho". Arolde não pestaneja: "Apoiarei o Witzel."

Recado das urnas

A Alerj terá renovação recorde de 51% no ano que vem. E dos 34 que conseguiram se reeleger, 19 tiveram queda na votação em comparação com 2014.

Agora é sério

Vice na chapa de Witzel, o vereador Cláudio Castro (PSC) se licencia hoje de suas atividades na Câmara para ajudar na campanha.

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