Rio - Apesar de o PP nacional ficar neutro na disputa pela Presidência, o PP fluminense acaba de escolher um lado: "Jair Bolsonaro (PSL) e Eduardo Paes (DEM) são o melhor para o país e para o estado", diz o vice-governador Francisco Dornelles, presidente do PP-RJ, ao Informe.
A boa relação entre o vice-governador e Bolsonaro não é de hoje. O presidenciável ficou no PP entre 2005 e 2016, período no qual, na maior parte do tempo, o partido foi presidido nacionalmente por Dornelles. Bolsonaro anunciou que deixaria o PP em 2015, dois anos após Ciro Nogueira assumir o comando da legenda: "Tenho um sonho para 2018 de disputar o cargo de senador ou presidente da República. No partido onde estou, dificilmente serei candidato sequer para o Senado. O que sinto é que eles querem uma opção diferente", afirmou Bolsonaro, em 2015, em entrevista ao 'G1'.
Traição ou oportunidade?
Candidatos de tradicionais famílias da política fluminense que não conseguiram se eleger enxergam traições de aliados. O deputado federal Marco Antônio Cabral (MDB), filho de Sérgio Cabral, disse a amigos que foi prejudicado pela candidatura de Vinicius Farah (MDB), que teria tirado os votos de que precisaria para permanecer em Brasília. Quando Cabral era governador, Farah foi contemplado, na Prefeitura de Três Rios, com investimentos do Palácio Guanabara.
Segue
Filha de Eduardo Cunha, Danielle Cunha credita o insucesso nas urnas à candidatura de 'Daniela do Waguinho' (MDB), mulher do prefeito de Belford Roxo. Waguinho teria se beneficiado politicamente no período em que Cunha exercia a presidência da Câmara dos Deputados.
Vai dar namoro?
As conversas de Eduardo Paes com o PDT de Carlos Lupi e Pedro Fernandes estão avançadas.
Ninho tucano
O deputado federal Otavio Leite, que não se reelegeu por falta de apenas 159 votos, prolongou seu mandato à frente da presidência do PSDB-RJ. Só que os tucanos Luiz Paulo, Lucinha e Teresa Bergher não gostaram nadinha desse autoempoderamento. O caldo vai entornar.
Correção
A assessoria de Jacob Barata Filho afirma que ele não prestará depoimento ao juiz Marcelo Bretas na semana que vem.
Participação popular
Teresa Bergher e Reimont (PT) emplacaram projeto de resolução que permitirá a entrada de pessoas de bermuda na Câmara Municipal.
