Witzel: agendas com Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) impulsionaram a candidatura do ex-juiz federal na reta final do primeiro turno - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Witzel: agendas com Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) impulsionaram a candidatura do ex-juiz federal na reta final do primeiro turnoMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por PAULO CAPPELLI

Candidato ao governo do Rio, Wilson Witzel (PSC) não se arrepende de ter ameaçado dar voz de prisão a Eduardo Paes (DEM) em eventual ato de calúnia, por parte do ex-prefeito, nos debates que ocorrerão. Segundo o ex-juiz federal, houve uma "inversão de valores" na qual ele, vítima, estaria sendo retratado como monstro.

Witzel, que obteve mais que o dobro dos votos de Paes no primeiro turno, continuará tentando agendas com Bolsonaro, apesar de o presidenciável do PSL ter dito que o clã ficará neutro na reta final da campanha ao Palácio Guanabara.

O DIA: A Coluna antecipou com exclusividade, na quarta, que o clã Bolsonaro ficará neutro na eleição ao governo do Rio neste segundo turno. A informação foi oficialmente confirmada no fim de semana. A agenda com Flávio Bolsonaro impulsionou sua candidatura na reta final do primeiro turno. O senhor ainda tentará obter o apoio dos Bolsonaro?

Espero que, até o final do segundo turno, Jair e Flávio possam se decidir e declarar o voto em nós, até mesmo para mostrar que estamos alinhados.

O senhor tem pedido isso a Jair Bolsonaro?

Estou pedindo sempre. Ele não pode é fazer caminhada (por conta da facada), né? Mas, agenda de campanha, tenho pedido.

O senhor se arrepende de ter dito que daria voz de prisão a Eduardo Paes?

De forma alguma. Eu fiz uma ilustração do que seria possível. O que fico espantado é de eu, vítima de uma agressão, estar sendo transformado em um arbitrário. Acho que, mais uma vez, está havendo uma inversão de valores. Consequência dessa mentalidade esquerdopata. A declaração foi dada de forma elucidativa. Não me arrependo, não.

Haverá mudança no tom da sua campanha? Continuará contundente ou será mais comedido?

O tom será o mesmo. Vou manter a postura equilibrada, nunca me exaltei com ninguém. Sobre essa questão envolvendo aquele dia, estou sendo transformado em um monstro, e não na vítima. Já houve debate depois desse episódio e foi um debate de alto nível. Evidente que tenho que mostrar alguns problemas, né? Pontuar que Eduardo Paes está disputando a eleição por meio de uma liminar (decisão provisória da Justiça) e que há vários problemas da administração dele que não estão resolvidos.

A que problemas se refere?

Ao cancelamento dos empenhos de mais de R$ 1 bilhão, que é objeto de uma ação de improbidade. Ele diz: "Entreguei a Prefeitura do Rio com dinheiro." Não entregou. Tem um bilhão de dívida que foi desempenhada. Foi cancelada de forma criminosa. Tanto que é objeto de uma ação civil pública. A gente tem que ser claro, objetivo e conhecer a administração de quem está se propondo a continuar administrando. Esse tipo de experiência dele é o que a população não quer.

Qual a principal diferença entre o senhor e Paes?

Eu sou o novo, ele já tá velho, né?

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