Bolsonaro: exército virtual foi usado no primeiro turno para turbinar campanha de candidatos no Rio - Divulgação
Bolsonaro: exército virtual foi usado no primeiro turno para turbinar campanha de candidatos no RioDivulgação
Por PAULO CAPPELLI

Não são as articulações políticas nem as participações nos debates os temas que mais mobilizam a cúpula da campanha de Eduardo Paes (DEM). O foco estratégico está voltado agora para neutralizar um ponto tido como essencial para a arrancada do adversário Wilson Witzel (PSC) na reta final do primeiro turno: o WhatsApp. Mais precisamente, o WhatsApp controlado pelo clã Bolsonaro.

"Eles têm uma megaestrutura de rede no WhatsApp. Nunca vi uma máquina tão potente quanto essa. Nos três últimos dias (do primeiro turno), toda essa estrutura foi usada para eleger, no Rio, Witzel ao governo e Flávio Bolsonaro (PSL) e Arolde de Oliveira (PSD) para o Senado", conta um dos cabeças da campanha de Paes.

Resumindo: o ex-prefeito conseguiu arrancar do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) uma declaração de neutralidade neste segundo turno. E quer que essa postura não seja apenas oral, mas também virtual.

Igrejas

A segunda preocupação da Paes está relacionada à influência das igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais. Aliados calculam que os votos de mais de 90% destes fiéis foram para Witzel no primeiro turno.

Saúde

O chefe da Casa Civil da prefeitura, Paulo Messina (PRB), e a secretária de Saúde, Ana Beatriz Busch, são esperados amanhã pelo Ministério Público do Rio para explicar cortes na Saúde e o "descumprimento do artigo 14 da Lei Complementar n. 141", que trata da aplicação de verbas pelo Fundo de Saúde.

Crime

Segundo fonte do Ministério Público, a prefeitura incorreu em crime, tendo em vista que até ontem, 48 horas antes da oitiva, não apresentou informações e documentos previamente requisitados pelo MP: "O artigo 10 da Lei de Ação Civil Pública prevê pena de reclusão e multa", diz.

Explicação

Procurado, Paulo Messina justificou: "Não enviamos esclarecimentos porque as mudanças ainda estão em estudo. Informei isso ao MP. Eles têm o nosso respeito, e vamos trabalhar em conjunto. Mas não tem como parirmos informações que ainda não temos." Messina afirma que não irá ao Ministério Público amanhã, porque comparecerá a audiências públicas na Câmara Municipal, e que reagendará o depoimento ao MP.

Paz & Amor

A Coluna disse que um dos objetivos de Pedro Fernandes (PDT) é deixar a campanha de Witzel com um tom mais ameno. Parece ter conseguido. Na entrevista de ontem, ao RJ-TV, o ex-juiz federal passou longe da postura mais agressiva de outrora.

Aliás

Para auxiliar Witzel, Fernandes adiou viagem que faria aos Estados Unidos. Agora, só vai para a terra de Tio Sam no dia da eleição (28). Ou seja, descobrirá o resultado das urnas quando estiver em solo norte-americano.

Chapa no forno

Luciano Bandeira lançará sua candidatura à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Rio) amanhã. Ele é apoiado pelo atual presidente, Felipe Santa Cruz.

Agora é oficial

Como o Informe antecipou com exclusividade no sábado, o PP do Rio, comandado pelo vice-governador Francisco Dornelles, oficializou ontem o movimento 'Bolsoardo', de apoio a Bolsonaro e Eduardo Paes.

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