O deputado estadual eleito pelo PSL, Alexandre Knoploch, de 32 anos, assumirá o primeiro mandato. Um dos cotados para ser o líder do governo Wilson Witzel na Alerj, é defensor ferrenho do amigo, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), responsável por abrir as portas da política para ele.
Por isso, Knoploch evita opinar sobre a movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão encontrada pelo Coaf na conta do ex-motorista de Flávio, Fabrício José de Queiroz. Dono de uma empresa de segurança da informação, ele diz que "os parlamentares precisam entender que a política mudou".
O DIA: Como analisa o episódio da movimentação atípica na conta bancária do ex-motorista do Flávio Bolsonaro?
Alexandre Knoploch: Tenho confiança no Flávio e em todos que são também de sua confiança.
Mas como explicar um valor tão alto sem ser compatível com o salário do ex-motorista?
Eu não conheço a vida dele (Queiroz), mas conheço o caráter do Flávio e, logo, sigo qualquer posição do senador (eleito).
Está tudo certo para assumir a liderança do governo Witzel?
Não recebi convite formal. Se houver e eu tiver instrumentos para fazer um trabalho legal e, se o Flávio autorizar, vou aceitar.
Então a escolha passa pelo Flávio?
Primeiro, passa pelo convite do governador (Witzel). Depois, levarei ao Flávio e, ele autorizando, eu aceitaria. Desde que também tenhamos instrumentos para trabalhar porque ser líder do governo tem um ônus. Muitas vezes gera desgaste. Mas, se houver instrumentos, se o governo deixar você negociar com os pares do parlamento, pode ser uma missão cansativa, mas honrosa que eu aceitaria.
A sua falta de experiência não irá prejudicar a relação do governo?
Passei a vida trabalhando com segurança da informação onde você analisa comportamentos. Analiso o tempo inteiro o comportamento daqui (Alerj). Óbvio que os parlamentares precisam entender que a política mudou. Achar que vai votar através do toma lá, dá cá, esquece.
Já conversou com o Witzel?
Sobre o tema, não. Depende de alguns fatores. O primeiro é o (deputado estadual eleito) Márcio Pacheco (PSC) ganhar a Presidência. Se não for ele, o Márcio passa a ser líder porque é do partido do governador. Não faz sentido ter um convite enquanto não definir isso.
Quais as comissões prioritárias para o PSL?
Direitos Humanos, Orçamento e outras que terão espaço, como a da Cultura.
Por quê?
É natural o PSL ter protagonismo nas comissões de maior relevância. A de Direitos Humanos é emblemática. Está muito tempo administrada por uma ideologia e pelo um viés que a gente acha que se esgotou.
Vocês vão comprar briga com o PSOL.
Compramos a briga com o PSOL e eles perderam. As ruas já deram o recado.
