Retorno das 'igrejinhas' deixa clima de guerra nos bastidores da Polícia Civil - Divulgação / Polícia Civil
Retorno das 'igrejinhas' deixa clima de guerra nos bastidores da Polícia CivilDivulgação / Polícia Civil
Por CÁSSIO BRUNO

Neste momento, há uma guerra nos bastidores da Polícia Civil do Rio. Tudo por causa do retorno das chamadas "igrejinhas", jargão policial para o loteamento de delegacias para amigos de delegados da corporação. Elas tinham muita força nos tempos em que Álvaro Lins comandava a corporação nos governos Garotinho e Rosinha.

Funciona assim: um delegado indica uma pessoa de sua confiança que fica responsável informalmente por uma determinada quantidade de delegacias, conforme a negociação com os colegas. É um feudo, um domínio territorial. Na época de Lins, havia gente com até cinco DPs. Qual é a vantagem nisso? Mais poder!

Aliás...

Nos últimos dias, policiais civis têm participado de reuniões para decidir como será a partilha no novo governo que vem aí. Integrantes da cúpula já fizeram indicações para cinco delegacias.

E para piorar

O clima não é dos melhores no conselho de transição de Segurança do governo Wilson Witzel. Há insatisfação com o responsável, Roberto Motta, cofundador do Partido Novo e hoje ligado ao PSC. Com ar professoral, é chamado de "especialista de Facebook".

Quem mandou matar?

Tudo o que a equipe de Segurança de Witzel mais temia acontecerá. O caso Marielle, longe de ser resolvido, cairá no colo de Marcus Vinícius Braga, futuro secretário de Polícia Civil, e de Antônio Ricardo Nunes, que será o titular da Delegacia de Homicídios.

Imprensa que eu gamo

Jornalistas bem que tentaram entrevistas exclusivas com o general Richard Nunes durante a intervenção federal no Rio. Mas sua assessoria privilegiou apenas alguns veículos de comunicação.

Almoço

Witzel se encontrará com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Será no próximo domingo, no Hotel Hilton, em Copacabana.

Varre, varre!

Veja que curioso: a Plural Serviços venceu uma licitação da Prefeitura de Mesquita para varrer as ruas da cidade. O edital estava orçado em R$ 6,6 milhões por ano. Pois bem: a empresa ofereceu a melhor proposta: R$ 4,6 milhões. Ou seja: uma economia para os cofres públicos de R$ 2 milhões.

Mas...

A Plural, que concorreu com mais sete empresas, foi desclassificada sob alegação de que, embora tenha capital social elevado, declara Imposto de Renda pelo Simples Nacional, sistema próprio para empresas que faturam até R$ 4,8 milhões anuais.

Foi parar na Justiça

Um representante da empresa foi à prefeitura para entrar com recurso. Mas informaram que o prazo havia terminado. Na verdade, só acabaria ontem caso fosse levado em conta sábado, domingo, o ponto facultativo de segunda-feira e o feriado de Natal.

Esqueceram de mim

Na solenidade de encerramento nesta quinta-feira da intervenção federal no Rio, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) entrou mudo e saiu calado. Ele também não foi lembrado por militares e políticos no evento.

No mais

Onde está Dario Messer, o doleiro dos doleiros e de Sérgio Cabral?

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