O ex-juiz federal Wilson Witzel tomou posse como governador do Rio em cerimônia na Alerj - Estefan Radovicz / Agência O Dia
O ex-juiz federal Wilson Witzel tomou posse como governador do Rio em cerimônia na AlerjEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por CÁSSIO BRUNO

Em 22 minutos de discurso já como governador, Wilson Witzel (PSC) lembrou momentos de campanha eleitoral. Prometeu, mais uma vez, combater o crime organizado e retomar o crescimento econômico. Só não explicou de que forma fará. Defendeu, novamente, mudanças na estrutura das polícias, coibindo a impunidade com mais investigações de crimes. Ignorou, porém, as execuções da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, sem solução até hoje.

Quando perguntado por jornalistas sobre prioridades nos cem primeiros dias de governo, foi genérico. Disse apenas que as divulgará após reuniões com o secretariado.

A tal corrupção

Witzel citou três vezes a palavra corrupção, mas não detalhou seu plano para pôr fim na roubalheira. Só na Alerj, dez deputados foram presos. Antes dele, quatro ex-governadores pararam na cadeia.

E os hospitais?

Ex-juiz federal, o governador dedicou a maior parte dos agradecimentos à família, aos amigos do Judiciário e aos partidos que o apoiaram. Sequer lembrou do caos da Saúde, por exemplo.

Gatos pingados

Ao chegar na cerimônia de posse, Witzel foi recepcionado por meia dúzia de pessoas que o aguardavam na rua em frente à Assembleia. Havia mais seguranças e assessores do que público presente.

O candidato voltou!

De olho na reeleição, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) começa a usar seu antigo slogan eleitoral: "precisamos cuidar das pessoas", declarou ele antes de entrar na Alerj.

Alô, Paes!

Em conversa com repórteres, Crivella disse querer negociar com Jair Bolsonaro "dívidas da corrupção" deixadas pelas obras da Olimpíada Rio 2016.

Aliás...

O bispo licenciado não mostrou empolgação ao ser perguntado se iria à posse de Bolsonaro.

Ensaboado

Em plena campanha à Presidência da Alerj, André Ceciliano (PT) deixou de lado um tema importante em sua fala: combate à corrupção. E nem lembrou dos colegas de parlamento que passam uma temporada em Bangu 8.

Em harmonia

Ceciliano, presidente em exercício, comandou a sessão de posse de Witzel. No discurso, preferiu listar suas supostas realizações no cargo.

O sobrinho

Na primeira fila do plenário, o deputado federal não reeleito Simão Sessim (PP) foi lembrado por Ceciliano. O petista se referiu ao primo do bicheiro Anísio Abraão David como "tio".

Feliz ano velho

Acredite se quiser: a Operação Lapa Presente registrou um roubo de celulares logo no primeiro minuto de 2019, às 00h01. Foi na Avenida República do Chile, próximo à Petrobras. Dois bandidos foram presos em flagrante e um fugiu.

Segue...

A quadrilha atacou quatro vítimas, mas os agentes interceptaram a ação. Houve perseguição.

No mais

O Rio tem muitos problemas. É hora de deixar o oba-oba das urnas de lado e pôr em prática as promessas. A eleição acabou.

 

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