Delegado Marcus Vinícius Braga - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Delegado Marcus Vinícius BragaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por CÁSSIO BRUNO

Não adiantou o secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, divulgar uma nota oficial para tentar se justificar sobre as declarações polêmicas dadas aos repórteres Rafael Nascimento e Wilson Aquino, do DIA. Em entrevista no último domingo, Braga afirmou que "vai ter muito deputado e prefeito no carro da Civil" referindo-se ao seu trabalho de combate à corrupção.

O estrago foi grande. Deputados da Alerj de todos os partidos, incluindo os de apoio ao governo e da oposição, se movimentam para planejar a retaliação. Se os policiais civis, entre eles Braga, acham que serão recebidos com tapete vermelho pelo Poder Legislativo, podem esquecer.

Alô, é o governador?

O presidente interino da Alerj, André Ceciliano (PT), veja só, ligou logo cedo, no mesmo dia da publicação da entrevista, para o governador Wilson Witzel (PSC) questionando-o sobre as declarações do seu subordinado.

Sem harmonia?

Ceciliano disse a Witzel que as declarações de Braga foram "desrespeitosas" e "feriam a harmonia dos poderes". E finalizou dizendo que "casos como esse dificultariam a tramitação das mensagens de interesse do governo" na Assembleia.

Lembra do Collor?

"Muitos deles se acham a extensão do presidente eleito (Jair Bolsonaro), mas esquecem das lições do passado, como a da arrogância do governo Collor, que o levou ao desastre", lembrou um veterano deputado.

Afinou

Na nota, Marcus Vinícius Braga diz "que, em nenhum momento, tive a intenção de constranger ou desrespeitar qualquer autoridade dos poderes Executivo ou Legislativo".

Devagar quase parando

A secretaria da Casa Civil e Governança, comandada por José Luiz Zamith, parece estar em ritmo lento com nomeações e exonerações. Centenas de pessoas aguardam as trocas. Tem gente chateada e cobrando.

Haja moção!

A Câmara do Rio divulgou a produção legislativa de 2018. Os nobres vereadores não pararam de homenagear gente. Só de moções foram 5.888, média de 16 por dia, contando fins de semana e feriados.

Os campeões

Os campeões de moções foram Jones Moura, com 786, e Eliseu Kessler, com 718. Ambos são do PSD. Rocal (PTB) registrou 676 homenagens.

Instrutor de tiro

Carlos Bolsonaro (PSL), filho do homem, concedeu apenas uma moção. Foi para o instrutor Tony Eduardo Hoerhann, diretor da Escola de Tiro .38, de Santa Catarina.

Aliás...

Adelio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro, esteve no mesmo clube do tiro um ano antes do atentado ao presidente.

Enquanto isso

Os vereadores apresentaram 438 projetos de leis. Mas, acredite, apenas 28 foram sancionados. Muitos ainda nem foram à votação.

Atenção, infratores!

A prefeitura do Rio prorrogou o contrato com a empresa que aluga pardais para as multas. Valor: 10,8 milhões.

Marielle Franco

Dez meses sem solução. Quem mandou matar?

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