O presidente da CCJ e líder do governo, Márcio Pacheco (PSC), retirou sub emendas de projeto para armar agentes do Degase - Divulgação
O presidente da CCJ e líder do governo, Márcio Pacheco (PSC), retirou sub emendas de projeto para armar agentes do DegaseDivulgação
Por CÁSSIO BRUNO

Líder do governo Wilson Witzel na Alerj, o deputado Márcio Pacheco (PSC) defende que os suplentes dos parlamentares presos na Operação Furna da Onça assumam os mandatos. “Dado o direito de se tomar a posse no momento em que se tenha a decisão da Justiça. Ou seja: se inocentados forem”, ressalta.

Em entrevista à Coluna, Márcio Pacheco fala sobre a composição da base aliada de Witzel e a confusão que tomou conta das nomeações das comissões. O deputado ficou com a de Constituição e Justiça. ‘A decisão não era minha’.

O DIA: Qual é a dificuldade que tem enfrentado para formar a base aliada do governo?

MÁRCIO PACHECO: Não enfrento dificuldade. É o início de um governo que estabelece uma nova forma de fazer política. Dialogou com todos os 28 partidos e não é uma missão simples. São apenas 50 dias de governo. É natural ter uma dificuldade ou outra. O governador Wilson Witzel já atendeu a todos os deputados pessoalmente. Faremos os encaminhamentos para alavancar as políticas públicas.

O senhor não foi capaz de decidir sobre quem iria comandar a Comissão de Orçamento?

Não é questão de ser capaz ou não. Havia um grupo que me apoiava à Presidência da Alerj (Pacheco desistiu de disputar). Este grupo fez um acordo com o André Ceciliano no sentido de poder indicar os nomes das duas importantes comissões (de Orçamento e de Constituição e Justiça). O governo acenou pela respeitabilidade e pelo prestígio do PSL (a maior bancada com 12 deputados) na indicação do deputado Rodrigo Amorim, que é legítima para presidir a Comissão de Orçamento. A decisão não era minha. Era de um colegiado. Para achar um consenso e se dar a pacificação, a decisão do André Ceciliano é plena e deve ser respeitada. Ele é o presidente.

Foi a favor do Amorim no Orçamento?

Defendo o nome que o governo defendeu. Mas respeito os deputados que divergem.

O que tem feito para aumentar a bancada do PSC na Alerj?

Conversamos com sete deputados. Há uma possibilidade do PSC crescer. Depende, agora, de uma decisão judicial por conta da liberação dos parlamentares pelo não cumprimento da cláusula de barreira.

É a favor da posse dos deputados presos?

Sou a favor que a posse seja suspensa e dado o direito de se tomá-la no momento em que se tenha a decisão da Justiça. Ou seja: se inocentados forem. Neste momento, a posse ficaria suspensa. Sou a favor de que os suplentes tomem a posse dos mandatos e sejam efetivados apenas se condenados forem aqueles que respondem hoje ao processo judicial.

Chiquinho da Mangueira (preso) será expulso?

Há um processo na Comissão de Ética no partido. Será levado à executiva nacional. Mas é importante dizer que vamos coordenar junto com o devido processo legal (da Justiça).

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