José Luís Zamith à direita, ao lado do governador Wilson Witzel - REPRODUÇÃO
José Luís Zamith à direita, ao lado do governador Wilson WitzelREPRODUÇÃO
Por CÁSSIO BRUNO

Rio - Após pouco mais de dois meses no cargo, o governador Wilson Witzel (PSC) já inicia mudanças. E, em pelo menos uma delas, o secretário da Casa Civil e Governança, José Luís Zamith, ainda não engoliu. O colega Gutemberg Fonseca, ex-árbitro de futebol e secretário de Governo e de Relações Institucionais, comandará também, a partir de agora, a Comunicação de Witzel, então subordinada a Zamith, que ficou insatisfeito com a decisão do chefe.

A nova função de Gutemberg tem a ver com a troca dele na articulação política entre governo e deputados da Alerj pelo chefe de gabinete Cleiton Rodrigues, ex-braço-direito de Cesar Maia e Anthony Garotinho.

Faltou comunicação

Nos bastidores, Witzel avaliou como péssimo o desempenho de Gutemberg na interlocução. O governador estava insatisfeito porque o secretário não fazia nem o básico: ouvir os deputados.

Chá de cadeira

O ruído provocado pelo trabalho de Gutemberg deixou os parlamentares revoltados. Alguns deles, relatam, chegaram a esperar sentados por duas horas até serem atendidos pelos secretários de Witzel.

A gota d'água

A situação ficou insustentável quando Gutemberg declarou à Coluna anteontem que ele não tinha o papel de conversar com os deputados. Segundo o secretário, a obrigação seria de Márcio Pacheco (PSC), líder de governo.

Fogo amigo

Gente do governo, no entanto, diz faltar experiência a Gutemberg com Comunicação.

Máfia do Apito

No passado, Gutemberg demonstrou ter postura de confronto com a imprensa. Processou jornais no período em que denunciou um suposto esquema de corrupção na Comissão de Arbitragem da CBF.

Barrados no samba

Witzel não convidou deputados para o seu camarote. Dois tentaram entrar, mas foram impedidos.

À deriva

O carnaval terminou, mas ainda podemos contabilizar o bloco dos sem prestígio na Alerj, formado por nove parlamentares que, até o momento, não integram nenhuma das 21 comissões já instaladas de um total de 36.

Quem são eles?

Na lista, tem Coronel Salema (PSL), Filipe Soares (DEM), Delegado Carlos Augusto (PSD), Gustavo Schmidt (PSL), Marcos Muller (PHS), Renato Cozzolino (PRP), Samuel Malafaia (DEM), Subtenente Bernardo (PROS) e Vandro Família (SDD).

Ao ataque

Convidado para assumir a secretaria municipal de Meio Ambiente, o deputado Dionísio Lins (PP) criticou o prefeito Marcelo Crivella (PRB), que não dará mais dinheiro às escolas. "Um tiro no pé", diz.

Quem mandou matar?

Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), acompanhou o resultado na quadra: "A reparação do irreparável vem na força do enredo que de forma sensível e brilhante a Mangueira apresentou", disse.

Silêncio

Mônica evitou comentar a prisão do presidente Chiquinho da Mangueira. "Não tenho o que comentar. Essa escola é gigante, tal como a força de sua comunidade".

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