O presidente da Cedae, Helio Cabral (à direita), em audiência pública na Alerj nesta segunda-feira - Thiago Lontra/Alerj
O presidente da Cedae, Helio Cabral (à direita), em audiência pública na Alerj nesta segunda-feiraThiago Lontra/Alerj
Por CÁSSIO BRUNO

O presidente da Cedae, Helio Cabral, preferiu ficar em silêncio nesta segunda-feira, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando foi questionado pela deputada Lucinha (PSDB) se as 54 demissões na empresa ocorreram motivadas por brigas e indicações políticas dentro da companhia.

Lucinha é vice-presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj e convidou Helio Cabral a prestar esclarecimentos sobre as dispensas. Nos bastidores, o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, tem influência em nomeações de funcionários.

As demissões em massa na Cedae foram publicadas com exclusividade pela coluna Informe do Dia.

No plenário, Helio Cabral não respondeu diretamente a nenhuma pergunta de deputados que participaram da reunião. O presidente da Cedae insistiu apenas no argumento de que as demissões se deram por conta dos altos salários de funcionários. Segundo ele, ganhavam R$ 60 mil para "não fazer nada".

Barragem

Helio Cabral ainda responde a processo pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), em 2015, quando era conselheiro da Samarco.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Cabral e outros conselheiros sabiam dos riscos e nada fizeram para impedir a morte de 19 pessoas. Mesmo assim, ele foi nomeado pelo governador Wilson Witzel (PSC) para presidir a Cedae.

Na audiência, Helio Cabral afirmou também que todas as suas decisões tiveram, antes, o aval de Witzel.

Você pode gostar
Comentários