Embora admita "ter o carimbo disso para sempre", o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) tenta se descolar da imagem do parlamentar que destruiu, em praça pública, uma placa em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco (Psol). Em discurso na Alerj anteontem, ele disse se "solidarizar" com a família da vítima. Amorim nega, mas a mudança de tom tem um propósito: disputar a prefeitura do Rio, em 2020. "Estou pronto para entrar em campo".
"Quero mostrar que, além da placa, eu tenho conteúdo. Não sou um monstro", disse Amorim à Coluna. O deputado costura a candidatura e planeja ter ao lado o governador Wilson Witzel (PSC) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL).
Lição?
Para Amorim, "o Psol já aprendeu a lição pedagógica" com o episódio. "Foi um ato simbólico de reestruturação da ordem. Eles queriam pôr a placa na praça à revelia da lei alegando uma causa nobre", despistou o deputado.
O troféu
No entanto, um pedaço da placa com nome de Marielle quebrada continuará pendurada na parede do gabinete de Amorim. "Está no local apropriado sem afrontar ninguém", ressaltou.
Sob nova direção
Gilberto Kassab, dono do PSD, deverá anunciar, em breve, o novo comandante do partido no Rio: o senador Arolde de Oliveira. O ex-deputado federal Indio da Costa renunciou à presidência da legenda no estado.
Transição
Arolde de Oliveira assumirá uma comissão provisória até a eleição do diretório estadual do PSD, marcada para junho.
A discórdia
Indio deixou o PSD por discordar da filiação do deputado federal Wladimir Garotinho, filho dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus.
Mas...
Em 2016 e 2018, ao concorrer a prefeito e a governador, Indio quis apoio da família Garotinho.
A Coluna avisou
Caiu ontem parte da diretoria da Cedae após uma reunião do Conselho Administrativo da empresa.
O adeus
Saíram Renato do Espírito Santo (diretor de grande operação), Armando Vieira (diretor estratégico) e Humberto Mello (diretor técnico).
Os patrocinadores
O trio de ex-diretores era bancado por Lucas Tristão, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, que perdeu força. As substituições serão feitas por Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC.
Homenagem
Os vereadores Carlo Caiado (DEM) e Marcelo Arar (PTB) apresentaram um projeto de lei que dá o nome de Rogério Zylbersztajn a uma rua do Rio.
Quem?
Rogério, morto em outubro do ano passado, era um dos sócios da RJZ Cyrella, uma das maiores doadoras para campanhas políticas pré-Lava-Jato.
E que fachada!
A Câmara de Duque de Caxias realiza hoje, às 11h, a licitação para reformar a fachada do local. Preço estimado da brincadeira: R$ 1,2 milhão!
No mais
A saída do delegado do caso Marielle está mal explicada, né, governador?
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