O presidente da Cedae, Hélio Cabral, demitiu, de uma só vez, nesta sexta-feira, 54 funcionários da companhia de águas e esgoto do estado do Rio.
Boa parte das demissões é de engenheiros com 40 anos de trabalho dedicados à Cedae e de gente ligada ao secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. A companhia, agora, está subordinada ao secretário estadual da Casa Civil e de Governança, José Luís Cardoso Zamith.
Entre os demitidos estão: Heleno Silva (diretor de Distribuição do Interior), Edes Oliveira (diretor de Grande Operação), Daise Cristina (assessora financeira), Alberto Gomes (ex-presidente da Cedae) e Claudino do Espírito Santo (gerente da empresa nas Zonas Norte e Sul).
Nos bastidores, a informação é de que Hélio Cabral teria se baseado num acordo coletivo que prevê a demissão de 1% do quadro funcional sem justificativa. A Coluna tem publicado a crise política na empresa, que, recentemente, também demitiu diretores da alta cúpula.
No próximo dia 22, Dia Mundial da Água, o Sindicato dos Trabalhadores da Cedae fará um protesto contra Hélio Cabral. Na nota, a entidade afirma que o objetivo da manifestação é devido ao "desmonte da empresa".
Hélio Cabral ainda responde a processo pelo rompimento da barragem em Mariana, em 2015, quando era conselheiro da Samarco. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, ele e outros conselheiros sabiam dos riscos e nada fizeram para impedir a tragédia.
Procurada pela Coluna, a Cedae ainda não se manifestou oficialmente.
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