Único deputado federal do Rio a estar no grupo de trabalho que analisará o pacote anticrime de Sérgio Moro, Marcelo Freixo (Psol) reagiu contra a atual proposta do ministro da Justiça.
"Têm muitas lacunas, imprecisões e é inconsequente. Precisa de um debate profundo com a sociedade civil, juristas, profissionais de segurança, movimentos sociais. Ninguém foi ouvido", afirma Freixo.
Os deputados se reunirão na próxima terça-feira, no Congresso, para organizar o calendário de conversas.
Na última semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a postura de Sérgio Moro em relação ao andamento do pacote que enviou à Casa com propostas de combate à corrupção, ao crime organizado, e a crimes violentos. Enquanto Maia concentra esforços na reforma da Previdência, Moro quer urgência na análise de seu projeto.
“Eu acho que ele conhece pouco a política. Sou presidente da Câmara. Ele é ministro, funcionário do presidente (Jair) Bolsonaro (PSL). O presidente Bolsonaro é que tem que dialogar comigo. Ele (Sérgio Moro) está confundindo as bolas", disparou Maia.
Marcelo Freixo, no entanto, diz que a indicação dele feita por Rodrigo Maia ao grupo de trabalho "não é retaliação" por ser um parlamentar de oposição a Bolsonaro e filiado ao Psol:
"É uma indicação técnica. Acompanho o debate sobre Segurança Pública há muito tempo. Não foi retaliação política. Até porque a indicação foi anterior ao conflito entre o Rodrigo Maia e o Moro".
Os deputados também vão discutir as propostas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O grupo tentará fazer uma fusão dos dois projetos (de Moro e de Moraes)", adiantou Freixo.
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