O vereador Carlos Bolsonaro - Reprodução Twitter
O vereador Carlos BolsonaroReprodução Twitter
Por CÁSSIO BRUNO

No nono andar da Câmara, três seguranças ocupavam ontem o corredor em frente ao gabinete 905. Ninguém podia sequer se aproximar da porta. Lá dentro, isolado, estava Carlos Bolsonaro (PSC), o vereador e filho do presidente da República. No plenário, parlamentares debatiam sobre o impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB), o primeiro após a redemocratização do Brasil e de interesse dos cariocas.

A sessão começou por volta das 14h. E a votação do pedido de afastamento de Crivella, às 17h15. Neste período, o Zero Dois do clã Bolsonaro preferiu fazer o que mais gosta: usar as redes sociais. Escreveu, no Twitter, sobre a discussão do pacote anticrime do governo do pai.

Em silêncio

Às 17h34, Carlos Bolsonaro apareceu para votar a favor do pedido de impeachment. Não disse uma palavra no púlpito para justificar sua posição sobre o caso.

Pouco tempo

Durante os 19 minutos que permaneceu no plenário, Carlos ficou de pé, em frente da cadeira da Presidência, onde estava Jorge Felippe (MDB).

No mundo da lua

O filho de Jair passou maior parte do tempo conversando com um assessor do vereador Thiago K. Ribeiro (MDB), alheio ao que ocorria ao seu redor e nas galerias. E só tirava os olhos do celular para cumprimentar alguns colegas.

O trio

Carlos trocou poucas palavras com Carlo Caiado (DEM) e Paulo Messina (PROS), que deixou a chefia da Casa Civil para reassumir o mandato e tentar sem sucesso salvar o pescoço de Crivella.

De fininho

Às 17h53, o Zero Dois deixou o plenário à francesa. Como sempre, ignorou a presença da imprensa.

Isolamento

"O Carlos, normalmente, fica sozinho na Sala Inglesa (ao lado do plenário). Pensei que hoje (ontem) fosse ser diferente pela importância do assunto", disse um vereador.

Olha o que ele fez!

Paulo Messina, ao deixar o plenário ontem, vibrou. Deu um salto, com os punhos fechados e gritou um palavrão: p****!

Segue...

Messina comemorava por ter sido sorteado para integrar a comissão que analisará a denúncia e a defesa de Crivella.

Aliás...

Até Jorge Felippe se surpreendeu quando o nome de Messina saiu da sacola. Deu um sorriso. Nos bastidores, admitiu o espanto: "Que sorteio, hein!"

Façam suas apostas

Teve gente que fez até bolão para adivinhar o placar da já esperada derrota de Crivella.

Olha o machismo!

Vereadores não tiravam os olhos da silhueta de Verônica Costa (MDB). A Mãe Loira vestia blusa branca e saia rosa.

Enquanto isso...

Crivella acompanhou a sessão do gabinete pela internet. Com ele, estava a equipe mais próxima.

O baque

O prefeito e seus colaboradores não escondiam o abatimento após a votação.

É que...

Crivella não esperava perder de goleada. Acreditava que a derrota, no máximo, seria por diferença de apenas cinco votos.

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