Witzel não dá secretarias ao MDB, mas fará obras em cidades comandadas pelo partido

Rio - O governador Wilson Witzel (PSC) não deu para o MDB uma secretaria sequer em troca de apoio da  bancada na Alerj formada por cinco deputados. Mas promete abrir o cofre para investimentos em obras de infraestrutura em municípios comandados por emedebistas, boa parte candidatos à reeleição no ano que vem. Duque de Caxias é um deles. Lá, o prefeito Washington Reis, além de ganhar um banho de loja nas ruas da cidade, receberá o Centro Integrado de Comando e Controle da Baixada, avaliado em pelo menos R$ 30 milhões em convênio com o governo. O projeto fará o monitoramento de segurança na região. 

A maratona de anúncio de obras já começou. Em março, Wilson Witzel e Washington Reis entregaram à população do bairro Taquara, em Duque de Caxias, dez quilômetros de asfalto, com pavimentação em 12 ruas, substituição de 300 lâmpadas de led de última geração, além da reforma da Praça São Paulo e da Escola Municipal Barão da Taquara. Queimados e Belford Roxo, por exemplo, também serão contemplados. Nas duas cidades os prefeitos são do MDB - Carlos Vilela e Waguinho, que está afastado. 

Devastado pela Lava Jato, o MDB passa por uma crise. Um grupo defende a renovação do partido. Mas o atual presidente Leonardo Picciani reafirma que não deixará o cargo. Enquanto isso, Witzel esnoba a legenda e não cede espaço no primeiro escalão no governo. O deputado estadual Rosenverg Reis, irmão de  Washington, é o preferido da bancada a ocupar uma possível secretaria. A esperança voltou depois que  Witzel acenou dar uma vaga a outro parlamentar, Bebeto, do Podemos.

O vereador Paulo Messina (PRB) é temido pelos colegas. Eles têm evitado enviar áudios no WhatsApp para o parlamentar. A justificativa é de que Messina subiu na tribuna dia desses e divulgou as falas do deputado federal Otoni de Paula (PSC). Na verdade, Messina respondia aos ataques de Otoni, que, no Congresso, o chamou traidor do prefeito Marcelo Crivella (PRB). No áudio, o deputado pede ajuda para empresários.

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado (Agenersa) desembolsou só no ano passado R$ 711 mil para a Petrobras por requisitar José Bismarck Vianna, presidente do órgão do governo.

A Eletronuclear afastou o servidor suspeito de armazenar vídeos e fotos pornográficas, inclusive de menores, em um computador da estatal, recolhido para perícia. O caso foi revelado pela Coluna na quinta-feira.

Além de receber como advogado da Petrobras, José Bismark Vianna tem salário mensal de R$ 16,5 mil (brutos) pelo cargo na Agenersa. Em nota, a agência diz que ele tem reconhecida profissional há mais de 20 anos. 

As principais autoridades da região estiveram anteontem na audiência pública, na Firjan de Nova Iguaçu, sobre a Light. A cidade sofreu com a falta de luz nos últimos temporais. Faltou só o prefeito Rogério Lisboa (PR).

A deputada Rosane Félix (PSD) incluiu uma emenda na Lei do Fundo Estadual de Investimentos e Ações de Segurança Pública incluindo o Degase entre os beneficiários.

A visita guiada ‘Mitologia e História - CCBB e Casa França Brasil’ é hoje, às 15h. Encontro será em frente a Livraria da Travessa do CCBB.

O ‘Jazz na Comuna: Trad Quartet’ é hoje, às 19h. Na Rua Sorocaba, 585. Entrada franca.

A Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj promove, na terça, às 9h, a audiência pública “Ciência, Tecnologia e Comunicação”.