Acostumados com pratos da alta gastronomia de restaurantes cinco estrelas pelo mundo, presos da Operação Lava Jato sofrem desde ontem com a interdição, por tempo indeterminado, de todas as cantinas do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. Os políticos, entre eles o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), não podem mais comprar refrigerantes, biscoitos, chocolates e até água. No caso de Cabral, por exemplo, a família só conseguirá entregar alimentos e bebidas nos dias de visita: às quartas-feiras e aos sábados. “Neste calor, não tem como ficar sem água”, diz um parente.

EMPRESAS ESTÃO INADIMPLENTES, DIZ SEAP  

Em nota, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que “a ordem para o fechamento das cantinas ocorreu por conta da inadimplência dos acordos contratuais dos permissionários com a secretaria. Enquanto as pendências não forem regularizadas, os locais permanecerão sem funcionar”. A pasta não deu detalhes de quantas empresas exploram o complexo de 25 unidades prisionais e nem os valores atrasados. Cabral está em Bangu 8. Políticos da Furna da Onça, desdobramento da Lava jato, também.

EMPRESÁRIO PRESO TENTA HABEAS CORPUS  

O Ministério Público Federal tenta fazer com que o Tribunal Regional Federal, da 2ª Região, negue a soltura ou a prisão domiciliar do empresário Gustavo Estellita (foto). O TRF julgará (ainda sem data) um pedido da defesa para ele responder em liberdade ao processo da Operação S.O.S, braço da Lava Jato. Estellita foi preso em 31 de agosto do ano passado com o ex-secretário de Saúde de Cabral Sérgio Cortes e com o também empresário Miguel Iskin. A ação mirou fraudes em Organizações Sociais (OSs) de R$ 74 milhões.

Deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estão ressabiados com Wilson Witzel (PSC). Hoje, se o governador mandar algum projeto para votação, não passará. Os parlamentares avaliam que a ação policial de helicóptero, com a presença de Witzel, em Angra dos Reis, jogou os moradores das comunidades do Rio contra a polícia. Em bom português: eleitores perdidos. A articulação política volta à estaca zero.

O prefeito de Itaguaí, Charlinho (MDB), pagou, no fim do ano passado, quase R$200 mil de uma dívida de 2013 com a construtora Lytoranea. A empresa é da família de Marco Abade, genro de Charlinho.

Em tempos de Lava Jato, a Lytoranea parou de tocar obras em Itaguaí. A construção de uma UPA, por exemplo, é feita pela empresa Matos Costa, cujo sócio é Marcos Vinicius Matos Costa, ex-diretor da... Lytoranea.

Está cotado para assumir o comando da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado (Agenersa) Silvio Ferreira dos Santos, amigo do ex-deputado Jorge Picciani (MDB), preso na Lava-Jato.

O acordo para a sucessão na Agenersa saiu de uma conversa entre o atual presidente da agência, José Bismarck, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, homem de confiança de Witzel.

Começa hoje a 18ª Mostra do Filme Livre, no CCBB. Haverá exibição de filmes, debates, cursos e oficinas. De graça.

O MAM Rio inaugura no dia 11, às 15h, a exposição ‘Anna Bella Geiger - Aqui é o centro’. Na Av. Infante Dom Henrique, 85.

O Festival do Café acontece nos próximos dias 18 e 19 no Museu da República. Na Rua do Catete, 153. Evento gratuito.

BETH CARVALHO

Lago em frente à sede do Botafogo, seu time do coração, passará a ter nome da cantora, que faleceu na última semana.

PREFEITO DE QUEIMADOS

Prefeitura de Carlos Vilela (MDB) é responsável por hospital em que bebê morreu esperando vaga em UTI pediátrica.