A Rio Saúde é a empresa pública de Saúde da Prefeitura do Rio - Reprodução/Google
A Rio Saúde é a empresa pública de Saúde da Prefeitura do RioReprodução/Google
Por Maria Luisa de Melo
Uma comparação nos contratos emergenciais da RioSaúde (empresa pública de Saúde do Rio) nas gestões do ex-prefeito Eduardo Paes e de Marcelo Crivella surpreende. Entre 2014 (ano em que a Rio Saúde foi criada) e 2016 (fim do governo de Paes), foram assinados 101 contratos emergenciais que totalizaram R$ 15,2 milhões. Já em dois anos e meio do governo Crivella, a empresa já assinou 137 contratos emergenciais que totalizam R$ 94,7 milhões. Um aumento de 523% nos valores em relação à gestão anterior. Nos contratos emergenciais, veja só, a escolha das empresas prestadoras de serviço não passa por concorrência.

GESTÃO DE DOIS HOSPITAIS E TRÊS UPAs
Entre 2014 e 2017, a RioSaúde ficou responsável pela Coordenação de Emergência Regional da Barra e pelas UPAs de Rocha Miranda, Cidade de Deus e Senador Camará. Ano passado, passou a gerir também os hospitais Rocha Faria (Campo Grande) e Ronaldo Gazolla (Acari). Mas, apesar de a Lei de Licitações firmar que tais contratos devem durar, no máximo, 180 dias, um detalhe chama a atenção: ao fim de cada seis meses, novos contratos são assinados com as mesmas empresas tendo o mesmo objeto para a prestação de serviço. O levantamento foi feito pelo gabinete da vereadora
Teresa Bergher (PSDB).

PREFEITURA DIZ QUE REALIZARÁ LICITAÇÕES

Procurada, a RioSaúde informou que a substituição dos contratos emergenciais pelo processo licitatório, por meio de pregões, faz parte do planejamento estratégico da empresa. Mas não informou datas para a troca. A empresa destacou ainda que, entre 2018 e 2019, o número de contratos foi maior por conta da entrada da RioSaúde em dois grandes hospitais da rede, em substituição às organizações sociais que administravam as
unidades. Só nesta ocasião foram necessários 40 contratos emergenciais em cada hospital.

UNIG NEGA DIPLOMA DE MESTRADO

Após a Coluna publicar que o procurador Cassius Valério, da Câmara de Vereadores de Queimados, tornou-se um dos alvos de uma CPI instalada na Casa por suspeita de ter apresentado um diploma falso de mestrado e ele negar, a questão ganhou novos contornos. A Universidade Iguaçu (Unig) informou que Cassius cursou pós graduação em Direito Público na unidade. Mas não mestrado. “A documentação já foi enviada à Câmara dos Vereadores”, diz trecho de nota

EM BUSCA DE MAIS RECURSOS
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Após pedir que a bancada de deputados federais do Rio garantisse mais recursos, através de emendas impositivas, o secretário de Saúde de Witzel, Edmar Santos, foi convocado para prestar contas do montante
liberado em anos anteriores.

DE SECRETÁRIO PARA EX-SECRETÁRIO
Em 2016, o Congresso liberou R$ 194 milhões. Mais R$ 60 milhões em 2017 e outros R$ 55 milhões no ano passado. O encontro, marcado para quarta, também contará com o ex-secretário de Pezão e hoje deputado Dr. Luizinho (PP). Isso é bom ou ruim?

CONDECORAÇÃO DE FICHAS- SUJAS
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Um projeto de resolução que proíbe a Alerj de entregar moções, como a Medalha Tiradentes, a quem tem condenações transitadas em julgado, está paradinho. A autora, deputada Mônica Francisco (PSOL), diz que pede a inclusão na ordem do dia, mas a Casa nega.

HOMENAGEM PARA INVESTIGADOS
A medida frearia o sem número de moções feitas pelos deputados. A Casa já homenageou até um ex-capitão de Bope e um major da PM, que depois foram apontados como envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco.

PICADINHO: 
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- ‘Mulheres & Refúgio: histórias para ocupar a cidade’ é na segunda, às 19h, no Nex Coworking. Gratuito.
- O projeto ‘Ponto de Leitura’, do Sesc-RJ, estará no Caxias Shopping dia 29, às 14h. A programação é gratuita.
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- Nos dias 29 e 30 de junho, acontece o ‘Festival do Café’, na Reserva Cultural Niterói.