RIO - As atitudes do governador Wilson Witzel, do PSC, para se desgarrar do PSL e do presidente Jair Bolsonaro podem resultar em dor de cabeça na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Os defensores do bolsonarismo formam a maior bancada: 12 parlamentares. Nos bastidores, eles prometem ter postura diferente no retorno do recesso. Até então, os deputados do PSL sempre votaram a favor do Palácio Guanabara. Ontem, a Coluna publicou com exclusividade o convite de Witzel ao deputado Rodrigo Amorim, pré-candidato à Prefeitura do Rio, para que ele abandonasse o partido rumo ao PSC. Amorim recusou. Desde então Witzel tem evitado declarar apoio ao deputado conforme prometeu na campanha e após ter assumido o Executivo. Mais ainda: sinaliza uma aliança para a reeleição do prefeito Marcelo Crivella (PRB). O governador tem planos de disputar a Presidência em 2022. Bolsonaro deverá concorrer novamente. Líder do PSL na Alerj, Dr. Serginho desconversou: “Nada mudará. Não vejo um afastamento dele do PSL”, afirmou o parlamentar.

AINDA HÁ BOLSONARISTA NO GOVERNO

Ainda há bolsonarista no primeiro escalão do governo Wilson Witzel: o secretário de Ciências e Tecnologia, Leonardo Rodrigues. O empresário, que comanda, entre outros órgãos, a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), é pré-candidato a prefeito de Mesquita, na Baixada, no ano que vem. Filiado ao PSL, Rodrigues é segundo suplente do senador Flávio Bolsonaro. Com o distanciamento de Witzel da família do presidente da República, seu futuro no Palácio Guanabara é incerto.

DESPRESTÍGIO PARA AS INVESTIGAÇÕES

Delegados do Rio e funcionários do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que trabalham para identificar movimentações atípicas em contas bancárias, estão frustrados com a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Ele suspendeu o uso de dados do órgão em investigações. O clima é de desprestigio. Boa parte defende que o magistrado deveria se ater apenas ao caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL).

CEMITÉRIOS NA BERLINDA

Foi protocolada no Ministério Público denúncia de possíveis irregularidades na fiscalização dos cemitérios do Rio e nos serviços funerários. O documento, veja só, também aponta que, desde abril de 2018, a prefeitura não aplicou multa aos gestores.

VISTORIAS, MAS COM AJUSTES

Quem fiscaliza é a coordenadora Daniela Mantovanelli, que assumiu em... abril de 2018! A prefeitura informou não ter sido notificada. Diz ter feito 194 vistorias este ano, mas que “os ajustes foram atendidos”.

ORDEM CONTRA A INTOLERÂNCIA

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa da OAB -RJ, coordenada pela advogada Guiomar Mairovitch, criará um disque-intolerância para denúncias de casos de abuso e agressão à liberdade de credo. Hoje, apenas o e-mail está disponível.

BASTIDORES DO PODER EM NITERÓI

A Prefeitura de Niterói diz que a secretária Executiva é Rúbia Secundino. A nomeação só saiu no DO anteontem, retroativo do dia 3. A Coluna mantém a informação: Bárbara Siqueira, acusada de racismo, dava as cartas

FOGO-AMIGO

O vice-prefeito de São Gonçalo, Ricardo Pericar, reduziu as chances de disputar a prefeitura pelo PSL. Sua turma vaiou num evento o deputado federal Carlos Jordy... do PSL!

PICADINHO

Hoje, Prislla Dj convida o saxofonista George Israel para agitar o público. No Flutuante Rio, na Urca, a partir das 17h.

O Bloco Estratégia estará no ‘Arraiá do Solar’. Hoje, de 13h às 18h, no complexo esportivo da ONG Solar Meninos de Luz.

A editora Revan lança o livro ‘Entre As Grades Invisíveis - Da (des) proteção social ao egresso prisional’, de Viviane Rodrigues.

SOBE

ANA MARCELA

Após Mundial, nadadora brasileira é única tetracampeã de prova e mulher com mais medalhas na competição.

DESCE

JAIR BOLSONARO

Presidente afirmou que fome no país é “grande mentira”. Após a polêmica, reconheceu que “alguns passam fome”.