O deputado federal Marcelo Freixo, de 52 anos, quer ser prefeito do Rio. Mas, a pouco mais de um ano para a eleição de 2020, ainda não conseguiu unir os partidos de esquerda, frente ampla que gosta de chamar de “campo progressista”. Legendas como PDT, PSB e PCdoB farão dois encontros para buscar uma alternativa, embora já tenham pré-candidatos. O parlamentar do PSOL não foi convidado.
Eleito com 342.491 votos (ficou atrás apenas de Helio Bolsonaro, do PSL, com 345.234), Freixo diz que o objetivo da união será para “derrotar Bolsonaro” e “recuperar o Rio”. Admite até debater a escolha de um outro nome. “Se estiver na minha frente nas pesquisas”, ressalta.
O DIA: O senhor quer unir a esquerda, a qual chama de campo progressista, para a próxima eleição. Mas PDT, PSB, PCdoB e o PV estão organizando dois encontros para viabilizarem um outro nome em alternativa ao seu. Como vê o movimento?
MARCELO FREIXO: Eu não tenho essa informação da maneira que você está colocando. As conversas com o PCdoB são ótimas. E, com o PV, também. Temos feito várias reuniões.
Todos esses partidos dizem que os encontros são para debate e tentar encontrar um outro nome.
Não posso falar por partidos que não seja o meu. Só posso falar por mim. A questão é a seguinte: existe hoje um governo federal fascista. Um processo violento da forma de fazer política. É um padrão que não é civilizatório. Os setores progressistas têm a responsabilidade de fazer com que exista uma unidade para conseguir viabilizar uma alternativa de enfrentamento a isso. E vai passar, fundamentalmente, pela disputa das cidades e por unidades de lutas não só eleitorais. Primeiro, estou buscando a unidade de luta que não é só eleitoral. É de luta a tudo o que está acontecendo. É a defesa da democracia. Tenho uma conversa boa com a Rede Sustentabilidade, que está muito próxima da gente. Tive conversa excelente com setores do PV.
Com a Marina Silva?
Não vou dizer com quem. São conversas com setores do PV. Não estou autorizado a dizer com quem. Com o PCdoB, é sistemático o processo de entendimento.
Mas não foi o que o Brizola Neto declarou à Coluna recentemente. Ele se apresentou como pré-candidato a prefeito pelo PCdoB.
O Brizola Neto acabou de entrar no PCdoB. Tenho um respeito enorme por ele. Mas a minha relação com o PCdoB é antiga. O PCdoB é importante nessa luta. É uma construção. Não vai se dar no tempo do desejo do jornalista e nem no do desejo da minha ansiedade. O PT está comigo. Queremos fazer um programa que responda aos problemas da cidade. A prefeitura do Crivella é uma tragédia. Conversarei com o (deputado federal Alessandro) Molon (PSB) esta semana. Temos que ter maturidade e diálogo. O desejo é de total união. Estamos mais unificados do que em qualquer outro momento da história. Nunca estivemos tão juntos.
Mas PDT, PSB, PCdoB e PV farão encontros sem o PSOL e o PT.
Não estou preocupado. Acho ótimo que farão os eventos. Podemos estar juntos daqui a pouco. É legítimo. As pesquisas vão ajudar também. Vamos ver como estão as viabilidades eleitorais de todo mundo. Vamos ter calma. Está cedo.
O senhor perdeu as eleições de 2012 e 2016. Não é hora de apoiar um outro nome da esquerda?
Foram vitórias políticas grandes. Em 2012, tive quase 29% dos votos. Em 2016, com oito segundos (de propaganda eleitoral na TV), cheguei no segundo turno. Foi uma das campanhas mais bonitas que marcou o país inteiro. E o contexto era completamente diferente do de hoje. Não sou candidato a qualquer preço. Tenho um mandato (de deputado federal) bem avaliado. Fui muito bem votado. Estou em primeiro nas pesquisas. Não posso desconsiderar. Quero uma prefeitura que una o campo progressista e construa um programa que governe o Rio. O mais importante não é o meu nome. É a construção.
Abriria mão para apoiar outro candidato?
Se estiver na minha frente nas pesquisas, é um debate para ser feito.
Se ficar na frente, então, não abrirá mão?
Não é decisão minha. Quero construir um campo progressista. Você não está conseguindo entender. Quero construir um campo político que derrote Bolsonaro, em 2022, e que recupere o Rio, em 2020. O meu nome está em primeiro nas pesquisas. Não dá para desconsiderar.
Como será a estratégia para chegar no segundo turno? Além do Crivella, há pré-candidatos como Eduardo Paes (DEM).
Está em aberto. O Paes, junto com o Witzel, tem contradições a serem explicadas. Se conseguirmos a frente ampla, a chance de ir ao segundo turno é grande.
Prefere um segundo turno com quem?
Não tem diferença. O Crivella tem um fracasso recente. O Paes terá de explicar o Cabral e a relação com o Witzel por tudo que ele está representando para o Rio.
Eleito com 342.491 votos (ficou atrás apenas de Helio Bolsonaro, do PSL, com 345.234), Freixo diz que o objetivo da união será para “derrotar Bolsonaro” e “recuperar o Rio”. Admite até debater a escolha de um outro nome. “Se estiver na minha frente nas pesquisas”, ressalta.
O DIA: O senhor quer unir a esquerda, a qual chama de campo progressista, para a próxima eleição. Mas PDT, PSB, PCdoB e o PV estão organizando dois encontros para viabilizarem um outro nome em alternativa ao seu. Como vê o movimento?
MARCELO FREIXO: Eu não tenho essa informação da maneira que você está colocando. As conversas com o PCdoB são ótimas. E, com o PV, também. Temos feito várias reuniões.
Todos esses partidos dizem que os encontros são para debate e tentar encontrar um outro nome.
Não posso falar por partidos que não seja o meu. Só posso falar por mim. A questão é a seguinte: existe hoje um governo federal fascista. Um processo violento da forma de fazer política. É um padrão que não é civilizatório. Os setores progressistas têm a responsabilidade de fazer com que exista uma unidade para conseguir viabilizar uma alternativa de enfrentamento a isso. E vai passar, fundamentalmente, pela disputa das cidades e por unidades de lutas não só eleitorais. Primeiro, estou buscando a unidade de luta que não é só eleitoral. É de luta a tudo o que está acontecendo. É a defesa da democracia. Tenho uma conversa boa com a Rede Sustentabilidade, que está muito próxima da gente. Tive conversa excelente com setores do PV.
Com a Marina Silva?
Não vou dizer com quem. São conversas com setores do PV. Não estou autorizado a dizer com quem. Com o PCdoB, é sistemático o processo de entendimento.
Mas não foi o que o Brizola Neto declarou à Coluna recentemente. Ele se apresentou como pré-candidato a prefeito pelo PCdoB.
O Brizola Neto acabou de entrar no PCdoB. Tenho um respeito enorme por ele. Mas a minha relação com o PCdoB é antiga. O PCdoB é importante nessa luta. É uma construção. Não vai se dar no tempo do desejo do jornalista e nem no do desejo da minha ansiedade. O PT está comigo. Queremos fazer um programa que responda aos problemas da cidade. A prefeitura do Crivella é uma tragédia. Conversarei com o (deputado federal Alessandro) Molon (PSB) esta semana. Temos que ter maturidade e diálogo. O desejo é de total união. Estamos mais unificados do que em qualquer outro momento da história. Nunca estivemos tão juntos.
Mas PDT, PSB, PCdoB e PV farão encontros sem o PSOL e o PT.
Não estou preocupado. Acho ótimo que farão os eventos. Podemos estar juntos daqui a pouco. É legítimo. As pesquisas vão ajudar também. Vamos ver como estão as viabilidades eleitorais de todo mundo. Vamos ter calma. Está cedo.
O senhor perdeu as eleições de 2012 e 2016. Não é hora de apoiar um outro nome da esquerda?
Foram vitórias políticas grandes. Em 2012, tive quase 29% dos votos. Em 2016, com oito segundos (de propaganda eleitoral na TV), cheguei no segundo turno. Foi uma das campanhas mais bonitas que marcou o país inteiro. E o contexto era completamente diferente do de hoje. Não sou candidato a qualquer preço. Tenho um mandato (de deputado federal) bem avaliado. Fui muito bem votado. Estou em primeiro nas pesquisas. Não posso desconsiderar. Quero uma prefeitura que una o campo progressista e construa um programa que governe o Rio. O mais importante não é o meu nome. É a construção.
Abriria mão para apoiar outro candidato?
Se estiver na minha frente nas pesquisas, é um debate para ser feito.
Se ficar na frente, então, não abrirá mão?
Não é decisão minha. Quero construir um campo progressista. Você não está conseguindo entender. Quero construir um campo político que derrote Bolsonaro, em 2022, e que recupere o Rio, em 2020. O meu nome está em primeiro nas pesquisas. Não dá para desconsiderar.
Como será a estratégia para chegar no segundo turno? Além do Crivella, há pré-candidatos como Eduardo Paes (DEM).
Está em aberto. O Paes, junto com o Witzel, tem contradições a serem explicadas. Se conseguirmos a frente ampla, a chance de ir ao segundo turno é grande.
Prefere um segundo turno com quem?
Não tem diferença. O Crivella tem um fracasso recente. O Paes terá de explicar o Cabral e a relação com o Witzel por tudo que ele está representando para o Rio.
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