André Corrêa, do DEM, no momento da prisão em novembro de 2018 - ESTEFAN RADOVICZ
André Corrêa, do DEM, no momento da prisão em novembro de 2018ESTEFAN RADOVICZ
Por CÁSSIO BRUNO
RIO - Parlamentares encontraram uma saída para tentar soltar os cinco colegas presos na Operação Furna da Onça, da Lava Jato. Para conseguir os 36 votos necessários e libertá-los, o grupo que articula nos bastidores se baseará em dois artigos da Constituição Federal (o 27 e o 53) que dizem: as prisões só poderão ser realizadas em flagrante por crime inafiançável, o que não é o caso dos deputados. Na reunião da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da próxima segunda-feira, será apresentado um projeto de resolução unindo os dois trechos da legislação brasileira, ou seja, para soltar todos, mas mantê-los afastados dos mandatos.

ELEITORES SABERÃO COMO CADA UM VOTOU

A votação, prevista para terçafeira, será aberta. O eleitor saberá quem quis manter os deputados presos ou os que preferiram soltá- -los. A decisão será tomada depois que a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, transferiu a responsabilidade para a Alerj. Estão em Bangu 8: André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT) e Marcus Vinícius, o Neskau (PTB). Em domiciliar: Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos Abrahão (Avante). Eles são acusados de receber propina em troca de votos para projetos do governo Sérgio Cabral (MDB).

PEDIU LICENÇA PARA EVITAR DESGASTE

Mas... apesar da tentativa da manobra pela soltura dos deputados alvos da Furna da Onça, tem gente que preferiu, veja só, não se envolver na polêmica para evitar o desgaste político com o eleitorado. Rodrigo Amorim (PSL) é um deles. O parlamentar pediu licença do cargo na próxima semana “em virtude de viagem à Brasília, representando o meu mandato”, diz ele no trecho do Diário Oficial publicado ontem como justificativa. Amorim é pré-candidato do PSL à Prefeitura do Rio, em 2020.

COMO NOS VELHOS TEMPOS DE CABRAL

Quem se encontrou ontem no tradicional bar Velho Adonis, em São Cristóvão foram o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), pré-candidato à sucessão de Crivella, e o ex-senador Lindbergh Farias (PT), que deve tentar uma vaga à Câmara do Rio. Os dois posaram para uma foto com um militante. A imagem repercutiu mal entre os petistas, que apoiarão o deputado Marcelo Freixo (PSOL) à prefeitura. Nos tempos áureos de Cabral, Lindbergh e Paes já caminharam juntos.

DEFENDE, MAS NÃO SABE SE VOTA

Embora defenda a soltura dos deputados presos, Samuel Malafaia (DEM) diz não saber se votará contra ou a favor da liberdade dos parlamentares da Furna da Onça. “O caso é complexo e precisa ser analisado com cuidado”, ressaltou.

A DELEGADA SABE DISSO?

O deputado Thiago Pampolha é um grude só com Crivella. Estiveram em Bangu para discutir sobre polo automotivo e obras. O prefeito quer se reeleger. O PDT, de Pampolha, lançará Martha Rocha, sua colega na Alerj.

O EX-MARIDO DE SHANNA 1

Rafael Alves, ex-marido de Shanna Harrouche Garcia, foi quem indicou o irmão Marcelo Alves para Crivella nomeá-lo presidente da Riotur. O empresário doou R$ 200 mil para a campanha do amigo, em 2014, ao governo do Rio.

O EX-MARIDO DE SHANNA 2

Aliás... Rafael Alves e Shanna, filha de bicheiro assassinado e alvo recente de atentado, ainda moram no condomínio Quintas do Rio, na Barra, mas em imóveis separados. Segundo vizinhos, viviam brigando.

VOTO IMPOPULAR

Vereadores estão irritados com Jorge Felippe (MDB), presidente da Câmara. Reclamam que a insistência em votar o projeto de lei do transporte por aplicativo trancou a pauta.

PICADINHO

Hoje o Shopping Grande Rio, em São João de Meriti, adere ao ‘Outubro Rosa’ com ações culturais gratuitas.

Também hoje o Coral do Ibeu participa do projeto ‘Música no Museu’, no Clube Hebraica, às 17h. A entrada é franca.

O Shopping Vertice Mall e Offices, no Recreio, fará até amanhã uma festa especial para as crianças. O evento é gratuito.

SOBE

NEYMAR

Segundo o site ‘Transfermarkt’, o jogador brasileiro é o segundo mais caro do mundo e vale R$ 834,93 milhões.

DESCE

CARLOS JORDY

O PSL decidiu punir o deputado federal do Rio e suspendeu a sua atividade partidária por ataques ao partido.