Vereadores do Rio foram citados por delator da Lava Jato - Montagem sobre fotos de Divulgação
Vereadores do Rio foram citados por delator da Lava JatoMontagem sobre fotos de Divulgação
Por Maria Luisa de Melo

A divulgação do conteúdo da delação do ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Teixeira, caiu como uma bomba na Câmara de Vereadores do Rio. Dos 13 vereadores e ex-vereadores acusados de terem recebido propina de R$ 6 mil mensais, metade tentará se eleger ou reeleger em 2020. Os citados negam as acusações.

Na lista dos citados está o presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB), além dos vereadores Marcelino D'almeida (PP), Vera Lins (PP), Verônica Costa (MDB), o vereador licenciado Renato Moura (PDT) e o ex-vereador Jimmy Pereira (PRTB).

Para pagar as propinas da Câmara, a Fetranspor desembolsava, segundo o delator, R$ 400 mil mensais. E o presidente Jorge Felippe seria o maior beneficiário. A intenção era seduzir os vereadores a tomar decisões a favor do setor em briga com a prefeitura sobre a licitação das linhas de ônibus, em 2008.

O QUE ELES DIZEM

Todos os seis vereadores citados acima, que tentarão ocupar uma cadeira na Câmara no ano que vem, negaram envolvimento no esquema da Fetranspor. Procurada, Verônica Costa disse que a delação foi uma forma de intimidá-la. "Foi uma tentativa de me criminalizar. Mas eu trabalho pelo povo", disse. Vera Lins disse que jamais participou de tratativas desse tipo. "Sempre fui guiada pela retidão no parlamento". Renato Moura declarou, em nota, que não conhece o teor da delação e "aguarda o curso das investigações com desassombro, estando à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento".

Seu correligionário, Marcelino D'Almeida se diz surpreso. "Não conheço esse moço, nunca falei com ele". Jimmy Pereira diz que sequer conheceu Lélis. "Fiquei apenas um mandato na Câmara dos anos de 2013 a 2016 e jamais contribui de alguma forma para o setor de transportes". Jorge Felippe foi o único que não respondeu até o fechamento da edição.

Mais tarde, sua assessoria enviou nota. No documento, o presidente da Casa diz que o delator mentiu. Ele alega que deferiu as CPIs da Rio Ônibus de 2013 e de 2017, e sempre colocou em pauta projetos para votação contra as empresas de transportes.

 

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