Alexandre Knoploch fala dos planos do PSL - Reprodução/Alerj
Alexandre Knoploch fala dos planos do PSLReprodução/Alerj
Por Alexandre Braz

Em 2019, o Partido Social Liberal (PSL) passou por uma grande turbulência que culminou com a saída, inclusive, do seu maior líder, o presidente da República, Jair Bolsonaro, que agora trabalha para registrar outro partido, o Aliança pelo Brasil. No Rio de Janeiro, a sigla se reorganiza de olho na eleição de outubro. Apesar da cisão, o presidente municipal da sigla, Alexandre Knoploch, adota um discurso conciliador ao falar dos dissidentes. "Não existe, por parte do PSL, nenhuma perseguição ou inimizade contra os que resolveram sair do partido. Todos eles criaram o partido, assim como eu e tantos outros. Eles sempre terão as portas abertas no PSL. Todos fazemos parte da direita que nos elegeu", afirma Knoploch. Veja a seguir trechos da entrevista.

O DIA: Como reestruturar o PSL para a eleição de outubro depois da perda de membros importantes?

O PSL está todo estruturado para a campanha de 2020 nas cidades. Temos municípios. É importante deixar os diretórios prontos para lançarem os candidatos a vereadores e outros a prefeitos. Nosso trabalho hoje é de estruturação jurídica e estruturação política para que eles façam o melhor trabalho possível.

O partido quer fazer mudanças no diretório no Rio?

O nosso diretório está constituído, tanto o municipal quanto o estadual, com seus membros. Não existe a possibilidade (de mudanças). Nós temos sido procurados por alguns partidos para saber a possibilidade de compormos, tirando o cabeça de chapa, mas não existe essa possibilidade. O nosso candidato (à prefeitura do Rio) é o deputado Rodrigo Amorim.

E vocês trabalharão em alianças com outros partidos?

Nós queremos que outros partidos venham conosco. Nós vamos conversar com o governador Wilson Witzel e com o pastor Everaldo (ambos do PSC) para que eles indiquem o vice-prefeito. Mas, caso não queiram indicar o vice, que eles participem desse grande bloco. Temos um trabalho grande para se pensar no nome do candidato a vice na chapa, mas nosso partido virá com chapa completa. E não colocaremos pessoas com mandato para concorrer ao cargo de vereador.

O senhor acredita que o governador aceitaria indicar o candidato a vice em uma possível aliança?

Isso é uma construção natural. Por que natural? Porque o governador sempre teve o nosso apoio para governar e até mesmo antes. O deputado Rodrigo Amorim, por exemplo, foi um dos grandes entusiastas da candidatura dele (Wilson Witzel). Naturalmente isso vai acontecer, será construído. O governador é um player fundamental. Mas gostaríamos de ter outros partidos também, tais como PSD, PSDB, DEM.

Quais as apostas do partido para o pleito de outubro?

Hoje o PSL é um partido grande, isso se deu diante do sucesso nas eleições de 2018, quando elegemos o presidente Jair Bolsonaro, o senador Flavio Bolsonaro, 12 deputados estaduais e 12 federais. Então temos a perspectiva de eleger o prefeito da capital, o deputado Rodrigo Amorim. Em Campos, o deputado Gil Viana. Temos perspectivas na Região Serrana: Nova Friburgo e Teresópolis. Em Petrópolis talvez caminhemos com o PSC. Na Baixada Fluminense, em Mesquita, temos o Leonardo Andrade. Em Nilópolis, provavelmente será o Felipe Cavalcante. Em Duque de Caxias, temos o Aroldo Mendonça, talvez até fazer prefeito e vice, temos o Coronel Melo, do batalhão de lá, independentemente de quem seja prefeito ou vice. Em Macaé tem o Felício Laterça. Em Niterói, temos o deputado Gustavo Schmidt. Enfim, estaremos fortes.

No Rio, a questão do Rodrigo Amorim, conhecido por ser polêmico, não preocupa?

O presidente Jair Bolsonaro também era muito polêmico e ganhou a eleição. É óbvio que o Rodrigo tem um histórico muito combativo e isso é muito importante. Mas estamos fazendo um trabalho de mostrar o outro lado do Rodrigo.

O que pretendem fazer para mudar a imagem do Rodrigo Amorim?

Hoje a gente tem uma estrutura sendo montada, uma estrutura boa e com grandes profissionais, seja da área de marketing seja da área de estudo de redes sociais ou dá área de estudos políticos que possam dar esse respaldo e também mostrar esse outro lado. Quem acompanha as redes sociais do Rodrigo já tem percebido que a gente tem mudado um pouco a forma de abordagem.

Você pode gostar
Comentários