Secretário de Governo e chefe de gabinete do governador Wilson Witzel (PSC), Cleiton Rodrigues é tido hoje por muitos como braço direito do atual mandatário do Palácio Guanabara. Na secretaria, ele coordena programas como Segurança Presente, Comunidade Cidade, Lei Seca e Barreira Fiscal. Com anos de experiência na política carioca, tendo trabalhado por mais de duas décadas com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), Cleiton Rodrigues considera o trabalho com a segurança pública uma das principais bandeiras que tem desempenhado com Witzel. "A segurança pública é uma das nossas prioridades. É um programa de polícia de proximidade. É composto por policiais militares, agentes civis e assistentes sociais. Para 2020 teremos um orçamento de mais de R$ 100 milhões para trabalharmos", conta o secretário. Confira os principais trechos da entrevista.
O DIA: Qual a avaliação o senhor faz do primeiro ano do governo Witzel?
Cleiton: A avaliação é a melhor possível. Ele tem demonstrado todos os dias uma capacidade administrativa de agregar as forças políticas. Então, 2019 foi um ano bem exitoso. Um estado quebrado, em recuperação fiscal, mas onde se conseguiu cumprir os índices da saúde e da educação.
Quais os planos do senhor para esse ano?
Vamos ampliar o Segurança Presente, remodelar a Barreira Fiscal, transformando-a no que chamamos de Segurança Presente Volante. Ou seja, não será mais móvel nos pontos de fiscalização. Será nos moldes da Lei Seca. Teremos muitas operações, inopinadas, em vários pontos do estado. Chegamos, montamos a tenda e vamos fazer a fiscalização. É uma operação para coibir o roubo de cargas, descaminho, contrabando e evasão fiscal.
Qual o objetivo e como funciona na prática o programa Segurança Presente?
A segurança pública é uma das nossas prioridades. É um programa de polícia de proximidade. É composto por policiais militares, agentes civis e assistentes sociais. É um programa que vai aos bairros. Nós mapeamos a taxa criminal dos locais onde eles (criminosos) atuam, instalamos ali um raio de plano de trabalho. Ele é feito por policiais militares, mas agentes comandados por mim. Não são policiais subordinados ao comando da corporação. Eu requisito os agentes, que passam por um treinamento para o programa. Os agentes civis ajudam nas abordagens. E os assistentes sociais atuam nos casos de pessoas em situação de rua, por exemplo. Para 2020 teremos um orçamento de mais de R$ 100 milhões para trabalharmos esse programa.
Como funciona o Comunidade Cidade?
Foi lançado na última quinta-feira. É programa que dará uma revitalizada principalmente na Rocinha. Começamos lá, mas avançaremos para outras comunidades. Nosso plano é que até 2025 entreguemos a Rocinha com 100% de saneamento. E construiremos 2.400 unidades habitacionais.
O senhor também atua como articulador político do governo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Como tem sido esse trabalho?
Eu atuei na Alerj em 2019, ajudando a montar a base do governo até a chegada do secretário da Casa Civil, André Moura. Hoje nós dois trabalhamos em conjunto. É bom ressaltar, o secretário de governo trabalha em plenitude com o Moura. Fazemos a articulação política nos projetos que interessam ao governo e à população junto aos deputados.
Na avaliação do senhor quais os principais problemas do estado do Rio de Janeiro que o governo deve intensificar seus esforços para resolvê-los?
O principal problema é a recuperação fiscal. O governador está buscando solução junto ao governo federal porque vivemos em um estado quebrado. Mas no geral as dificuldades são a saúde, a educação, programas fundamentais, manter os investimentos. Temos que valorizar as policias, civil e militar. É um objetivo do governador. As secretarias das polícias têm autonomia para agir.
Como valorizar a polícia e seus policiais?
É restabelecer junto à sociedade a confiança nas polícias. É fazer com que as pessoas entendam que o papel da polícia é dar segurança. O governador diz sempre e eu reitero: não tem bandido de estimação, doa a quem doer.
O governo do estado pretende investir na área técnica da polícia?
Nós vamos sim, com certeza. A área de investigação está sendo valorizada. Nós temos o único departamento de combate à lavagem de dinheiro do Brasil, por exemplo. Essa valorização o governador tem feito diariamente.
O senhor tem planos de se candidatar a algum cargo público?
Essa responsabilidade que eu tenho eu devo ao governador Wilson Witzel. Eu pretendo que seja minha última liderança política, porque irei com ele até o fim. Vou com ele onde ele for. Os meus planos políticos serão determinados pelo governador. Farei exatamente tudo que ele me determinar fazer politicamente.
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