Discutiu-se muito se a solução ideal para enfrentar o coronavírus seria o isolamento vertical ou horizontal. O consenso é que devemos ter atenção aos grupos de risco: asmáticos, pessoas com doenças do coração, fumantes, diabéticos e os idosos, os mais suscetíveis a ter problemas sérios ao pegar a covid-19. Enganam-se aqueles que pensam que os mais velhos, mesmo isolados, estejam de pijama, parados e inativos. Pelo menos não tem sido assim a rotina dos políticos fluminenses. Na Alerj, Eliomar Coelho tem 78 anos, fará aniversário este mês, e está cheio de gás. Não tanto quanto Carlos Minc, de 68 anos: "Faço checkup geral todo ano, aquele que você em 3 horas faz 25 exames, estou 'inteiraço', então, continuo dizendo, 'tremei, poluidores, homofóbicos e machistas'".
O deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, 74 anos, espiritualizado, estudioso de astrologia, é outro que se cuida diante da doença, mas não parou de produzir. "Estou aqui isolado em casa, me sentindo até discriminado. Mas, desde quando, um idoso representa risco? Idoso representa paz, afeto e sabedoria. Não somos grupo de risco. Somos do grupo dos mais sensíveis ao coronavírus", brincou o deputado. Nos dois últimos dias, ele acompanhou de perto projeto que autoriza o Poder Executivo a transferir para a União o valor total do empréstimo celebrado entre o Estado do Rio de Janeiro e o Banco Paribas - BNP. Samuel Malafaia, de 70 anos, está em casa, "semirrecluso", como costuma dizer, mas tem ido à Alerj duas vezes por semana. "Se a situação se agravar, vou passar a ir apenas às quartas-feiras. De resto, estou aproveitando para ficar mais tempo com minhas filhas e netos entre uma votação remota e outra". O presidente da Câmara Municipal, o vereador Jorge Felippe, 69 anos, se dedica a votações pelo plenário virtual.
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