A ex-governadora Benedita da Silva e atualmente deputada federal, 78 anos, pré-candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro, disse que prefere discutir as propostas para a cidade do que se aproveitar da prisão do Queiroz. "Já era esperada há muito tempo. Já se entendia que ele precisava dar depoimento e isso traz para a população brasileira uma transparência, inclusive no compromisso assumido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesse exato momento em que a população quer saber. Nós temos independência entre os poderes e os poderes independentes, mas em harmonia com a população sobretudo, está trazendo para nós aquilo que estávamos pedindo há muito tempo. Duas coisas que se pedia mais na sociedade: 'cadê o Queiroz?' e 'quem matou Marielle?'.

Para Benedita, assuntos de âmbito nacional não devem entrar em debate nas eleições municipais. "Como pode uma coisa dessa natureza, nós falarmos sobre isso, ser instrumento de campanha. Isso deverá ser argumento para quem não tem um projeto para a cidade. Agora, transparência tem que ter, combate à corrupção tem que ter. Isso não faz parte de nenhum programa. Isso já é realmente do caráter da política. Política tem que ser assim. Agora, tem revés. Eu penso que, no momento em que ele [Queiroz] puder provar que nada disso aconteceu, tudo bem. Mas, até então, tem que ser investigado como toda e qualquer pessoa", disse.

"Nós estamos num caldeirão político. Muito efervescente. E se nós não tomarmos cuidado, vamos nacionalizar uma campanha que deve ser municipalizada", completou. 

Apenas 58% das declarações do Imposto de Renda 2020 foram entregues no Rio de Janeiro; prazo final é dia 30 de junho.

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