Ex-reitor, o professor Alexandre Habibe (PCdoB) defendeu novas políticas para o municípiodivulgação
Por Sidney Rezende
Publicado 29/08/2020 06:00
O pré-candidato do PC do B à Prefeitura de Volta Redonda, Alexandre Habibe, em entrevista veiculada na live promovida pelo jornal O Dia, lamentou que, mais uma vez, o estado do Rio de Janeiro assista ao afastamento de um governador. Desta vez, Wilson Witzel, do PSC.

"Infelizmente, para o nosso estado, tem sido uma constante os nossos governantes aparecerem nas páginas policiais implicados em malfeitos e outros tipos de contravenção. Para Volta Redonda, tem sido uma constante maior. Até porque, da região, nós tivemos um governador afastado da região de Piraí [Luiz Fernando Pezão], uma pessoa conhecida por nós. Agora, nós temos o envolvimento do Witzel nessa questão toda. Uma rede muito grande. E o que é pior, a ponta desse iceberg, o que se tornou mais visível é exatamente a malversação do dinheiro público no que tange o combate à Covid-19, às doenças em hospitais e OSs. Isso, particularmente, fere muito o ânimo de qualquer cidadão do Rio de Janeiro, de qualquer carioca, de qualquer fluminense. É um momento muito grave. Isso implica, talvez, até numa modificação no tabuleiro da sucessão, não só no estado do Rio, nos municípios do estado do Rio, mas em qualquer município, porque um afastamento como esse traz outros componentes para esse tabuleiro de xadrez, que vai ser jogado para a sucessão nos vários espaços do estado".

Habibe falou ainda sobre Wilson Witzel ser o sexto governador do Rio investigado por corrupção. "Estatisticamente é até muito improvável que isso seja acidental. Eu acho que, infelizmente, o estado do Rio e a cultura da governança do estado assumiu uma postura de se aproveitar do estado para auferir lucros particulares. Isso é uma constante. Quando a gente olha para a história recente do estado do Rio, a gente não vê só governadores, a gente vê cinco secretários de obras e infraestrutura presos. A gente vê quatro ou cinco governadores presos. Então, a gente tem que olhar, primeiro, para a questão cultural, para a questão da impunidade e, mais do que isso, da estrutura de governança e a estrutura das secretarias e do governo. Na realidade, o governante entra com o objetivo principal de roubar. Isso não pode acontecer. A impunidade se dá pela falta de transparência, de mecanismos e ferramentas para poder inibir e coibir esse tipo de ação e, mais do que tudo, a falta de participação das associações ou dos entes sociais na fiscalização das atribuições e dos mecanismos do estado. Então, particularmente, eu acho que o problema é cultural, mas, mais do que tudo, é falta de participação e transparência". 
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