O Rio vive drama de quando a política vira assunto de polícia. - Aline Cavalcante / Agência O DIA
O Rio vive drama de quando a política vira assunto de polícia.Aline Cavalcante / Agência O DIA
Por Sidney Rezende
O prefeito Marcelo Crivella pode ficar inelegível por 8 anos. Seis dos sete desembargadores do TRE-RJ votaram a favor. Um dos integrantes pediu vista e adiou a decisão para quinta. Entre as acusações está a de abuso de poder. Crivella diz que vai recorrer e que participará do pleito.
A candidatura da ex-deputada Cristiane Brasil (PTB) à Prefeitura do Rio não resistiu. Bem que ela pretendia insistir, mesmo presa. A busca e apreensão nas casas de Eduardo Paes e Crivella poderão trazer desdobramentos para a disputa eleitoral. O ex-governador Wilson Witzel está bem próximo do impeachment pela Alerj. O que não chega a ser uma paz para seu substituto, Cláudio Castro. No curso da história, vários governantes passaram pelas instalações das Polícias Civil, Militar e Federal. Algumas dezenas de políticos calçaram tornozeleiras e rechearam mais seu prontuário do que suas folhas de serviço.

Quando o ex-governador Sérgio Cabral ameaçou delatar membros do Judiciário, juízes e desembargadores, inclusive, o presidente do STF, Dias Toffoli, em seu último dia no cargo, rapidamente mandou arquivar a investigação.

A política do Rio é diferente do que se pratica no Brasil? O economista Sérgio Besserman disse certa vez: "Muita atenção ao que ocorre aqui. O que acontece no Rio hoje acontecerá no Brasil amanhã". Pode ser. O professor Mauro Osório, atualmente, é consultor especial da Alerj. Ele diz que "o grosso do impacto econômico e social da corrupção não está no que se deixa de fazer com o recurso que foi desviado. Está em tudo o que a lógica política que se estabelece sobre a corrupção obstaculiza e desarticula. São políticas descoordenadas, projetos com pouca ou nenhuma visão estratégica e inibição de ações que poderiam trazer concretos benefícios".
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Família separada, mas unida
Tem crescido o número de parentes na política. E a estratégia é espalhar apoios. O assunto da Câmara do Rio é que o vereador Tadeu Amorim de Barros Junior, o Júnior da Lucinha, filho da deputada Lucinha, está acendendo uma vela para o "bispo" e outra para Eduardo Paes. Sua mãe sempre foi aliada de Paes. E o partido, o PL, não só fechou com Paes, como indicou o vice para não perder a infinidade de cargos no governo. O jeito foi indicar o irmão de Lucinha para coordenar a campanha de Crivella na zona oeste.
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A força da delegada
A candidata do PDT à prefeitura do Rio é testemunha de um fenômeno interessante. Em pesquisas reservadas, quando o seu nome é citado, ele é bem recebido pelo futuro eleitor. Mas quando atrelado a uma palavra mágica, "delegada", o prestígio dobra.
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Vereador com Covid
Luiz Carlos Ramos Filho está com coronavírus. Ele se sentiu muito mal na quarta-feira passada e foi atendido no hospital da Unimed. Teve febre o resto da semana. Apesar da melhora, parentes querem que ele faça logo um exame mais cuidadoso. 
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PICADINHO
Empreendedorismo no Brasil será tema de painéis do CriAtivar, festival internacional de criatividade, inovação e sociedade, que começa na quinta (24).
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VI Fórum de Igualdade Racial aborda inclusão racial no mundo corporativo, protagonismo negro e antirracismo. Hoje (22), às 19h, no youtube.

A Fundação Ceperj começa a tirar do papel o projeto Rio de Janeiro Na Palma da Mão. A iniciativa consiste em compilar os principais indicadores estatais nas áreas de educação, saúde, segurança, território e meio ambiente e disponibilizar o material para gestores e população. O intuito é assistir o Estado na identificação de potencialidades e no aprimoramento de políticas públicas.