Publicado 23/12/2020 05:00
A orientação dentro do Quartel General do prefeito eleito Eduardo Paes é manter "silêncio obsequioso" sobre a prisão do prefeito do Rio e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella. A primeira reação pública de Paes foi tentar dar um caráter de normalidade na relação dos técnicos ainda no município com os seus auxiliares designados para levantar dados úteis para a futura gestão. Paes ligou para o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe, e pediu para que ele "mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população". O segundo pedido foi orientar Felippe de que ele mantivesse inalterado o trabalho de transição que já vinha sendo tocado". Após esta conversa o prefeito eleito publicou nas suas redes sociais.
O PAPEL DE PEDRO PAULO
A segunda movimentação consistente partiu do deputado federal Pedro Paulo, futuro secretário municipal de Fazenda, Planejamento e Controladoria do Governo, que fez o papel de bombeiro e não de incendiário. Ele trocou mensagens com o analista da CNN Brasil, Igor Gadelha. Uma delas parecia ser para "fora", mas, na verdade, o destino certo era para "dentro", voltada para aliados: "Político experiente não celebra prisão de outro, mesmo que sejam inimigos vicerais". O sinal emitido por Pedro Paulo era que não é hora de comemorar, soltar fogos ou sair aos quatro ventos propagando que o adversário caiu em desgraça. O curioso é que o governador afastado, Wilson Witzel, ainda durante a campanha de 2018, e o próprio Marcelo Crivella, na campanha deste ano, apostaram que Eduardo Paes seria preso. Isto não aconteceu. Pior. Por capricho da política - e do destino -, foi o bispo quem acabou engalfinhando nas malhas de investigadores da Polícia Civil e de procuradores do Ministério Público.
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