O ano que já vai tarde. 2020 não deixará saudades.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Nuno Vasconcellos
Publicado 30/12/2020 05:00
O ano de 2020 nos obrigou a mudarmos nossas relações sociais, nossos hábitos. É provável que as boas práticas de higiene, por exemplo, continuem intensas por mais algum tempo. Em fevereiro, a infecção provocada pelo novo coronavírus passou a receber o nome de Covid-19. Mas ainda não era familiar. O foliões e turistas que vibraram com o Carnaval deste ano, que teve como desfecho a vitória da escola de Niterói Unidos do Viradouro, nunca tivessem ouvido falar em coronavírus. Os meses foram passando e a dor aumentou com o crescimento da doença e o grande número de mortos.

O Rio de Janeiro perdeu um senador, Arolde de Oliveira (PSD), com 83 anos; o parlamentar mais idoso da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado estadual João Peixoto (DC-RJ), de 75 anos. O que dizer da morte do deputado estadual Gil Vianna (PSL), de apenas 54 anos, em um hospital particular de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense? Registramos o drama de Dona Mercedes que perdeu mais um filho, Carlos Boechat. Dessa vez, por causa da Covid. Foi mesmo um ano perverso.

INFECTADOS

Ocidadão fluminense não poderia imaginar que seus governantes seriam testados positivos para a Covid, como foi o caso dos governadores Wilson Witzel e Cláudio Castro, muito menos que haveria um processo de impeachment em curso que tiraria do poder um ex-juiz criminal. E, mais ainda, que já no final do ano o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, bispo afastado da Igreja Universal do Reino de Deus, fosse acusado de corrupção e de liderar um tal "QG da Propina". O ano de 2020 foi na verdade um ano rebelde, que fez o que quis, mas que terá em 2021 um adversário de peso, principalmente se a vacina contra o vírus for eficaz. Já a vacina para a corrupção ainda não foi inventada.
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