Carlos Lula, presidente do Conass, faz alerta sobre pandemia.Reprodução
Por Nuno Vasconcellos
Publicado 04/03/2021 05:00
O colapso do sistema hospitalar em praticamente todo o Brasil chamou a atenção para a situação do Rio de Janeiro. Nesta semana, o senador Flávio Bolsonaro elogiou o governador em exercício Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes por não terem optado pelo lockdown. Para infectologistas, isto não soou como elogio. Antes mesmo da importante reunião sobre como combater o coronavírus, organizada pelo prefeitura e o Palácio Guanabara, o presidente do Conselho de Secretários de Saúde, Carlos Lula, alertou que o Rio deveria se preparar para aumento exponencial de casos de Covid-19 nos próximos dias. De acordo com ele, o Brasil já vive atualmente o pior momento da pandemia do novo coronavírus e afirmou que o cenário caótico presenciado por diversas regiões do país "vai chegar" no estado fluminense. Ele estava certo.

CENÁRIO NACIONAL

O Conass soltou uma nota técnica, que esperava nos próximos meses, março e abril, as semanas mais difíceis da pandemia de Covid-19. O secretário de Saúde do Maranhão salientou que as secretarias estaduais e municipais deveriam trabalhar em conjunto para reduzir os impactos da doença. "O pior ainda está por vir. Nós nunca tivemos tantos estados em uma situação de tamanha dificuldade ao mesmo tempo. Hoje a gente amanhece com 19 estados com mais de 80% de ocupação de UTI", afirmou o presidente do Conass. "A gente precisa de uma coordenação nacional. Não dá para cada governo achar que vai fazer seu toque de recolher, sua medida de restrição de circulação de pessoas do seu jeito", concluiu.
Feira de São Cristóvão
Publicidade
Busão itinerante
Números de 2020 piores que 2016
Publicidade
Tuitadas do Nuno
Estados receberão esta semana mais de 2,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan (SP). A Fiocruz garantiu a entrega de 15 milhões de doses ainda este mês. Mesmo atrasada, a instituição fará diferença no cenário atual. Temos capacidade de fazer mais e melhor.
Publicidade
Vemos temporais causando transtornos em alguns estados. Como dizia o poeta, as águas de março fecham o verão e, em breve, chegam ao Rio. Governantes precisam agir com prevenção em locais críticos em épocas de chuva para evitar uma nova crise social.
 
Leia mais