Setor da construção civil teve retração por causa da pandemiaAgência Brasil/José Paulo Lacerda/CNI/Direitos reservados
Por Nuno Vasconcellos
Publicado 07/04/2021 05:00
Desde a interferência de Jair Bolsonaro na Petrobras, R$ 15,9 bilhões em recursos estrangeiros foram retirados da bolsa de valores brasileira. Novos investimentos que se destinariam ao Rio de Janeiro também entraram em compasso de espera. Segundo a Firjan, o Produto Interno Bruto (PIB) fluminense teve queda de 3,8%. É a segunda pior retração da série histórica, que considera os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) até 2018 e os estudos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. É bem verdade que a queda foi fortemente influenciada pela pandemia de Covid-19.

ECONOMIA PARADA
A menor queda da economia fluminense frente ao resultado nacional se justifica principalmente pelo bom desempenho da indústria extrativa, diz estudo da Firjan. O setor de óleo e gás foi o único que encerrou 2020 com taxa de crescimento (+7%). Por outro lado, afetadas pela crise sanitária, a construção civil e a indústria de transformação tiveram retração de 7,2% e 5%, respectivamente. A indústria de transformação teve queda disseminada entre os segmentos. O setor de serviços, que representa cerca 70% do PIB fluminense, registrou queda de 4,8%. Para 2021, a Firjan projeta crescimento de 2,9% em cenário base, que considera a manutenção do ritmo de vacinação e a adesão do estado ao novo Regime de Recuperação Fiscal no 1º semestre. Nesse cenário, o resultado ainda fica 1% abaixo do nível de atividade de 2019. O atraso das medidas pode resultar em crescimento ainda menor, na ordem de 1,8%, uma vez que comércio e serviços sofrem mais intensamente com redução da circulação de pessoas e o fechamento de estabelecimentos.Em cenário otimista, com avanço e sucesso do programa de imunização e melhora significativa do cenário econômico internacional, a projeção é de crescimento de 4,1%.
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A Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) registrou 14.938 novas empresas abertas no estado de janeiro a março. Um aumento de 40,5% em comparação com os três primeiros meses de 2020. 
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