Cláudio Castro se comprometeu a revolucionar o aprendizadoRogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro
Por Nuno Vasconcellos
Publicado 03/05/2021 04:00
Há duas posturas possíveis diante do governo de Cláudio Castro, que começou oficialmente no último sábado — um dia depois da confirmação do impeachment do ex-governador Wilson Witzel. A primeira é cruzar os braços e nada fazer para ajudá-lo a evitar o naufrágio do navio que passou a comandar depois do afastamento do antigo titular, que não se mostrou à altura da missão para a qual foi eleito. A outra é entender que Castro não conseguirá seguir uma rota diferente da que foi traçada por Witzel, de quem era vice, se não tiver o apoio da sociedade.
Castro tem agido com discrição, feito o que está a seu alcance para evitar o pior e até avançar em pontos importantes. Desde que assumiu como interino, em 28 de agosto do ano passado, ele se afastou dos escândalos que contaminaram o governo Witzel. Além disso, melhorou a qualidade da gestão da Saúde durante a pandemia e tomou providências importantes para resolver problemas históricos do Rio de Janeiro.
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Em alguns aspectos pode-se dizer que, nesses últimos oito meses, o governo avançou mais do que durante os mandatos inteiros de seus antecessores. Até aqui, a realização mais visível de Castro foi a privatização da Cedae. Promovido na sexta-feira passada, o leilão arrecadou R$ R$ 22,7 bilhões com a venda de três dos quatro blocos licitados. Foi um feito importante, mas ainda pequeno diante dos problemas que o aguardam.
Este jornal e esta coluna assumem com o governador o mesmo compromisso firmado no início desde ano, quando Eduardo Paes tomou posse na prefeitura. Estaremos atentos e sempre prontos a elogiar seu governo nas decisões corretas. Mas não nos furtaremos a criticá-lo se algum de seus atos não resultar em benefícios para a população. Essa será nossa maneira de colaborar com o governo e, mais do que isso, com o Rio de Janeiro.
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Witzel no olhar da esquerda
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