Publicado 28/05/2021 05:00
O projeto apresentado pelo deputado bolsonarista Anderson Moraes (PSL) pedindo a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foi recebido com indignação e revolta. O primeiro a rejeitá-lo foi o presidente da Alerj, André Ceciliano. Ele prometeu não dar andamento à iniciativa. "É inconstitucional e isso seria atribuição do Poder Executivo", diz Ceciliano.
OBSCURANTISMO
A comunidade acadêmica também ficou chocada com o que alguns chamaram de "negacionismo sobre a importância do saber e do conhecimento". O cientista político Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco alerta que "todo movimento autoritário é fraco por não saber lidar com a diferença de pensamento, opinião, por isso flerta com as armas a violência. O bolsonarismo é caracterizado pelo ressentimento daqueles que não foram para a universidade ou não se sentiram reconhecidos". Para o professor pesquisador do LPP/Uerj André Lázaro, um dos sentidos da proposta é o de "desqualificar a inteligência, ou seja, as práticas que demandam os rituais da inteligência da indicação do tempo, da busca da verdade. Atacar essas práticas é fazer do senso comum uma verdade única que impede o debate, tranca a reflexão em torno de valores morais conservadores". O professor Christian Lynch, do Iesp/Uerj, acredita que "quanto maior a bizarrice da proposta, mais destaque na imprensa. E ele não precisa trabalhar para ver aprovada a proposta, porque ela não é pra valer. É uma espécie de sensacionalismo eleitoral". Já para a diretora da Faculdade de Formação de Professores da Uerj, Ana Santiago, "conhecer e desenvolver capacidade de criticar a realidade é fonte de poder e de liberdade. Querem uma população subserviente que aceite toda espécie de violências sem questionamentos". A discussão contra a universidade não é surpresa para o professor da Uerj Ignácio Cano. "Esse ataque do bolsonarismo à Uerj é absolutamente natural, porque o bolsonarismo é contrário à ciência, à universidade. É uma tentativa de se visibilizar politicamente dentro do movimento". O reitor da Uerj, Ricardo Lodi, acredita que “esses ataques da extrema-direita às universidades públicas fazem parte de uma estratégia relacionada à guerra cultural contra a ciência, baseada no irracionalismo, cujos resultados já são sentidos pela sociedade brasileira na sabotagem ao enfrentamento da Covid".
A comunidade acadêmica também ficou chocada com o que alguns chamaram de "negacionismo sobre a importância do saber e do conhecimento". O cientista político Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco alerta que "todo movimento autoritário é fraco por não saber lidar com a diferença de pensamento, opinião, por isso flerta com as armas a violência. O bolsonarismo é caracterizado pelo ressentimento daqueles que não foram para a universidade ou não se sentiram reconhecidos". Para o professor pesquisador do LPP/Uerj André Lázaro, um dos sentidos da proposta é o de "desqualificar a inteligência, ou seja, as práticas que demandam os rituais da inteligência da indicação do tempo, da busca da verdade. Atacar essas práticas é fazer do senso comum uma verdade única que impede o debate, tranca a reflexão em torno de valores morais conservadores". O professor Christian Lynch, do Iesp/Uerj, acredita que "quanto maior a bizarrice da proposta, mais destaque na imprensa. E ele não precisa trabalhar para ver aprovada a proposta, porque ela não é pra valer. É uma espécie de sensacionalismo eleitoral". Já para a diretora da Faculdade de Formação de Professores da Uerj, Ana Santiago, "conhecer e desenvolver capacidade de criticar a realidade é fonte de poder e de liberdade. Querem uma população subserviente que aceite toda espécie de violências sem questionamentos". A discussão contra a universidade não é surpresa para o professor da Uerj Ignácio Cano. "Esse ataque do bolsonarismo à Uerj é absolutamente natural, porque o bolsonarismo é contrário à ciência, à universidade. É uma tentativa de se visibilizar politicamente dentro do movimento". O reitor da Uerj, Ricardo Lodi, acredita que “esses ataques da extrema-direita às universidades públicas fazem parte de uma estratégia relacionada à guerra cultural contra a ciência, baseada no irracionalismo, cujos resultados já são sentidos pela sociedade brasileira na sabotagem ao enfrentamento da Covid".
Município sem recursos
Emergência climática
Projeto de lei protocolado pelo vereador William Siri (PSOL) quer reconhecimento de estado de emergência climática e estabelece metas de neutralização das emissões de gases de efeito estufa no Rio de Janeiro até 2050. Na justificativa, diz o vereador: "As tempestades e o aumento do nível do mar, devido à mudança climática, são um risco iminente às populações que vivem em zonas costeiras. E o município do Rio de Janeiro é, atualmente, o mais suscetível a sofrer os impactos das mudanças do clima no Estado, segundo estudo do Instituto Oswaldo Cruz".
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