Publicado 14/12/2021 15:58 | Atualizado 14/12/2021 16:00
A temperatura está quente na Câmara de São Gonçalo, e não é por causa do fim das chuvas: a Casa vota, nesta terça-feira (14), um projeto que revisa o plano de cargos e salários da Educação. O detalhe é que a proposta — com 55 páginas — chegou ao Legislativo... ontem. E a categoria diz que não foi consultada na elaboração.
O projeto toca em questões importantes, como o piso salarial, a progressão da carreira, a aposentadoria, a mudança de carga horária e outros.
Já há relatos de bate-boca na Câmara, e viaturas da Polícia Militar estão estacionadas no local.
O governo defende a proposta, argumentando que finalmente os salários serão equiparados ao piso nacional, com acréscimo de 15,27% — um reajuste de 40,76% para os servidores que recebem abaixo do piso.
O governo defende a proposta, argumentando que finalmente os salários serão equiparados ao piso nacional, com acréscimo de 15,27% — um reajuste de 40,76% para os servidores que recebem abaixo do piso.
Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), no entanto, denunciam que a progressão diminui os valores entre os níveis, além de acabar com triênios e adicionais de qualificação para os novos servidores.
O sindicato qualifica a mensagem como "autoritária e antidemocrática".
"O novo plano, que atende a orientações do Ministério da Educação (MEC),corrige uma série de distorções, com objetivo de prestigiar o profissional que faz dupla regência, em caso de necessidade, garantindo também vencimentos maiores, que serão utilizados como base de cálculo para fim de aposentadoria, o que não acontece atualmente", diz a prefeitura.
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