Rio - "Liberdade de ir e vir pode ser interrompida", defendeu o ministro Alexandre Moraes ao votar a favor da prisão de Lula em razão da condenação em segunda instância. O ministro chegou a ser interrompido por Marco Aurélio Mello, que indagou: "A liberdade de ir e vir pode ser perdida?". Moraes não titubeou e disse que sim. Mello ainda alfinetou: "A Constituição Brasileira impede". Mas Moraes sustentou que isso era apenas a visão de Mello. Durante o voto, Moraes também ressaltou que não houve ilegalidade ou abuso de poder por parte do Superior Tribunal de Justiça, que negou pedido de HC de Lula contra a sua prisão. "Não há nenhuma ilegalidade e nem abuso de poder", afirmou Moraes. Para muitos especialistas, o voto da ministra Rosa Weber será o fiel da balança. Mendes, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski já invocaram que a decisão não beneficiaria só Lula, mas todos os réus condenados em segunda instância. No entanto, só Mendes votou até agora. O ministro Luís Roberto Barroso vota neste momento.