Sem algemas, ex-governador chegou ao Rio na noite de quarta-feiraDaniel Castelo Branco
Por ADRIANA CRUZ
Publicado 12/04/2018 17:31 | Atualizado 12/04/2018 18:52

Rio - Os advogados Rodrigo Roca e Renata de Azevedo acabam de pedir à Vara de Execuções Penais (VEP) a transferência do ex-governador Sérgio Cabral da Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8) para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, local conhecido por permitir mordomias na cadeia, como comidas pedidas em restaurantes caros do Rio. Somadas as penas de Cabral totalizam 100 anos.

No documento, os defensores alegam que a decisão do Supremo Tribunal Federal cassou a determinação da Justiça Federal que permitia que ele ficasse no Complexo Médico Penitenciário de Pinhais, no Paraná. "Com a concessão da ordem impetrada, esperava-se que o apenado fosse devolvido ao presidio de origem, no Rio de Janeiro, já que se cuida de um estabelecimento carcerário adredemente preparado – e, por isto, vocacionado – para receber os presos provisórios oriundos da chamada “Operação Lava Jato” e seus consectários", escreveram os advogados em trecho do documento.

Para a defesa, Cabral foi surpreendido com o fato da Secretaria de Administração Penitenciária ter escolhido Bangu 8, no Complexo de Gericinó. Isso porque, o ex-governador já foi sentenciado em cinco processos. "Ademais, a atitude da Seap colocou a si mesma em situação de xeque - mormente com o argumento apresentado - haja vista que é notório o número de presos já sentenciados que permanecem na unidade de Benfica antes e depois da transferência do requerente para o Paraná", alegaram os advogados. Eles disseram ainda que, ficando em Bangu 8, Cabral sofrerá retaliações de milicianos e ex-policiais que ajudou a punir.  

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