Rio - A 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu, nesta quarta-feira, por unanimidade, manter presos nove deputados alvos da operação "Furna da Onça". O único que ganhou a liberdade, mas com medidas restritivas, foi o parlamentar Marcelo Simão (PP). Ele deixou a cadeia nesta terça-feira.
Os cinco desembargadores que chancelaram a decisão do relator do processo, Abel Gomes, que já tinha convertido as prisões dos parlamentares em preventiva — exceto a de Marcelo Simão, destacaram o peso do vazamento da operação para os acusados, que se desfizeram de provas. Outro ponto ressaltado foi que, mesmo preso desde a operação "Cadeia Velha", Paulo Melo (MDB) fez uma "cartilha" de dentro da cadeia para escapar da investigação da "Furna da Onça", do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal.
Quanto a Marcelo Simão (PP), não ficou provado que ele teve acesso antecipado à ação da Polícia Federal. Apesar de sair pela porta da frente da cadeia do Complexo de Gericinó, ele terá que cumprir medidas restritivas, como não ir à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e entregar seu passaporte à Justiça.
Para o procurador regional da República Carlos Aguiar, manter as prisões é uma decisão histórica. "Foi muito importante o MPF reunir provas de que, apesar das operações, a quadrilha continuava agindo. As provas vão muito além de delações", reforçou.
Confira a lista dos deputados que permanecerão presos
- André Corrêa (DEM);
- Chiquinho da Mangueira (PSC);
- Coronel Jairo (MDB);
- Edson Albertassi (MDB), deputado afastado, preso na operação "Cadeia Velha";
- Jorge Picciani (MDB), deputado afastado, preso operação "Cadeia Velha", cumpre prisão domiciliar;
- Luiz Martins (PDT);
- Marcos Abrahão (Avante);
- Marcus Vinícius Neskau (PTB);
- Paulo Melo (MDB), deputado afastado, preso na operação "Cadeia Velha", em novembro de 2017;