Renata Gil, presidente da Associação de Magistrados do Rio de Janeiro, e vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros - Amaerj
Renata Gil, presidente da Associação de Magistrados do Rio de Janeiro, e vice-presidente da Associação dos Magistrados BrasileirosAmaerj
Por ADRIANA CRUZ

Rio - O Judiciário acabou com a farra do auxílio-moradia, mas os magistrados prometem ir à luta em busca de maiores salários e benefícios em 2019. Uma das bandeiras defendidas pela juíza Renata Gil, presidente da Associação de Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj) e vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), é a volta do adicional por tempo de serviço, a cada cinco anos, de 5% até limite de 35%. Ela reivindica ainda aumento anual como prevê a Constituição Federal. 

"O auxílio-moradia acabou para a magistratura, mas continua para bombeiros, militares, Procuradoria e outros. Tem que ser analisada a forma de pagamento. Todos os servidores têm o adicional, menos os juízes. O juiz  não é super-homem, toda a proteção como a inamovibilidade (garantia de não ser transferido), a blindagem constitucional remuneratória que prevê aumento anual, é em razão do cargo", defendeu.

A magistrada revela que as entidades estão preocupadas com a desvalorização da profissão, principalmente, em uma época de depuração com as operações Lava Jato. "O aumento de 16,38% não foi decidido a toque de caixa como dizem. Passou por toda tramitação no Congresso e foi sancionado agora. Mas perdemos R$ 1 mil porque não chegou ao patamar do auxílio-moradia de R$ 4.377,73. Com as perdas, a carreira deixa de ser atrativa para novas gerações e isso é motivo de preocupação das entidades", afirmou.

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