Julgamento de Pezão no TRF-2 - Divulgação
Julgamento de Pezão no TRF-2Divulgação
Por ADRIANA CRUZ

Rio - O ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB) vai continuar na cadeia. Os desembargadores da 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal 2 (TRF-2) rejeitaram o pedido de liberdade do político preso, desde novembro, no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, e também do sobrinho dele, Marcelo Santos Amorim. Mas os magistrados acolheram o habeas corpus em relação aos empresários  César Augusto Craveiro de Amorim e Luís Fernando Craveiro de Amorim, sócios da empresa High Control.  Eles vão deixar a prisão, mas têm cumprir três exigências, entre elas a de entregar o passaporte e não podem ter contato com os outros envolvidos no caso. 

Em uma das fases da Lava Jato, eles foram acusados pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de integrar núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a Administração Pública, principalmente em relação a corrupção e a lavagem de dinheiro.  

No processo há documentos que registram o pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 25 milhões no período 2007 e 2015. Valor incompatível com o patrimônio declarado pelo emedebista à Receita Federal. Em valores atualizados, o montante equivale a pouco mais de R$ 39 milhões  e corresponde ao total que é objeto de sequestro determinado pelo ministro Felix Fischer. Dodge enfatizou, ainda, que Pezão foi secretário de Obras e vice-governador de Sergio Cabral, entre 2007 e 2014, período em que já foram comprovadas pagamentos de propina em percentuais de contratos com construtoras, como a taxa de oxigênio. 

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