Acusado de estar envolvido no esquema de propina montado pelo ex-governador Sérgio Cabral no estado, o ex-procurador-geral de Justiça Claudio Lopes está proibido de entrar no prédio do Ministério Público (MP). A decisão é do juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública, Sergio Roberto Emilio Louzada, que determinou ainda o bloqueio de bens de Lopes até o valor de R$ 38 milhões e o afastamento dele das funções junto ao MP.
De acordo com a decisão de Louzada, Lopes recebeu do esquema criminoso o equivalente a R$ 7,2 milhões e, por isso, ganhou multa civil de R$ 21,6 milhões. Em processo criminal, Lopes é apontado ainda como o responsável pelo vazamento de investigação do MP contra o ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes, em 2010, quando levou os documentos da investigação para casa. Ele ficou com o inquérito 57 dias, sem atender aos pedidos de devolução do procurador-geral em exercício, Carlos Navega, falecido.