Cabral está preso desde novembro de 2016 - Márcio Mercante / Agência O Dia
Cabral está preso desde novembro de 2016Márcio Mercante / Agência O Dia
Por ADRIANA CRUZ

Rio - Estão pelas tamancas os, agora, ex-aliados do ex-governador Sérgio Cabral presos no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), conhecido como a unidade da Lava Jato no Complexo de Gericinó. Os antigos parceiros de crimes estão insatisfeitos com a nova postura do político de confessar seus pecados ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, como o de recebimento de propina de empreiteiros por vício em dinheiro e apego ao poder, fomentados pela instituição do jogo do ‘toma lá, dá cá’.

Cabral anda tão prudente com o clima hostil na cadeia que muitas vezes nem sai para o banho de sol. Afinal, para o ex-governador, começou a valer a popular Lei de Murici: ‘cada um trata de si’. Em pouco mais de dois anos, Cabral já coleciona nove condenações, sendo dois julgamentos em 2ª instância, mas nenhum com trânsito em julgado, ou seja, ainda com direito a recurso. Somadas, as penas chegam a 198 anos e seis meses de prisão. As confissões são uma estratégia para reduzir as penas.

Redução de pena

Nos processos, Cabral responde sempre por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Então, a aposta dele é garantir a tese de crime continuado na Justiça, assim as penas deixariam de ser somadas, para serem contabilizadas a partir de fração, por cada delito.

Com a tese do crime continuado, Cabral quer que as penas, que chegam a quase 200 anos, caiam para o total de 40 anos. Assim, ele pode ter benefícios, como sair da cadeia para trabalhar, em vez de ficar 30 anos preso, máximo de período permitido por lei. Ele responde a 29 processos.

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