Por Luciano Bandeira
Em uma sociedade polarizada como a atual, em que consensos são tão necessários quanto raros, é um alento a percepção que a sociedade tem da Ordem dos Advogados do Brasil.

É o que comprova uma extensa pesquisa feita pela FGV e que foi divulgada esta semana. Com o título de Estudo da Imagem do Judiciário Brasileiro, ela mostrou que, entre empresas e organizações, a OAB é a instituição brasileira com melhor imagem.

A OAB tem a confiança de 66% da população. E a desconfiança de 29%. Estamos bem na comparação com as outras quatro instituições medidas nesse segmento: empresas privadas (56% a 39%); movimentos sociais (49% a 46%), sindicatos (35% a 60) e partidos políticos (14% a 84%).

Em relação aos três poderes, somos vistos como confiáveis por mais gente do que aqueles que enxergam essa característica na Presidência da República (34% confiam; 63% não confiam); no Congresso Nacional (19% a 79%) e no Judiciário (52% a 44%).

A percepção sobre a OAB é mais positiva do que sobre a Igreja Católica (63% confiam; 34% não) e as Evangélicas (49% confiam; 45% não). Também estamos à frente dos meios de comunicação: Jornais e revistas (44%), TV (38%), internet (28%) e redes sociais (24%).

A pesquisa representa um grande aval à atuação da OAB, que se guia pelas diretrizes determinadas a ela pela Constituição e pelo Estatuto da Advocacia. Confirma que a sociedade entende que a OAB tem cumprido seu papel de ser uma porta-voz da própria sociedade, defendendo o Estado Democrático de Direito, a Constituição, as garantias individuais, a Liberdade de Expressão e de Imprensa, os Direitos Humanos.

É o que rege a Constituição e o que estabelece o nosso Estatuto. E deles não nos desviaremos.


Luciano Bandeira é presidente da OABRJ.