Presidente do Cofeci: "a presença física do corretor é e será sempre indispensável"Freepik
Por Cristiane Campos
Publicado 05/06/2020 08:02 | Atualizado 05/06/2020 08:45
Uma Instrução Normativa do Tribunal de Contas da União (TCU - 84/2020) responsabiliza novamente os conselhos federais pelas contas anuais dos seus regionais, ou seja, a medida torna o papel fiscalizador do Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) ainda mais importante e deverá proporcionar melhores resultados para a categoria dos corretores de imóveis. "Estamos ainda avaliando a efetividade desta decisão, mas já podemos perceber uma grande mudança institucional em nosso sistema", afirma João Teodoro, presidente do Sistema Cofeci-Creci, que já dispõe de um portal de Transparência: http://transparencia.cofeci.gov.br/. Agora, com a IN 84 do TCU, será necessário emitir o certificado de conformidade das contas dos regionais a partir desde ano.

O Conselho Federal, inclusive, poderá responder solidariamente por erros e desvios de conduta dos conselhos regionais, caso deixe de cumprir seu papel fiscalizador. "Os Crecis (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) terão de clarificar todas as suas ações por meio do Portal da Transparência", explica Teodoro. Todavia, o TCU não abre mão de seu papel fiscalizador e punitivo. "A apuração, em caso de denúncias contra os regionais, representa uma pesada carga de trabalho que, se for bem conduzida, proporcionará ótimos resultados", detalha. Este controle já é feito pelo Cofeci, que nunca teve problemas nesse quesito. Casos mais graves, quando descobertos ou denunciados, são sempre apurados com muito rigor.

O Cofeci desde 2008 implantou uma Controladoria Geral, que não apenas orienta o trabalho administrativo do próprio Conselho Federal como de todos os Crecis. "O Sistema Cofeci-Creci tem lutado muito não apenas pela evolução e transparência de nossa gestão, mas também pela evolução da profissão, de modo a poder oferecer à sociedade o melhor serviço possível de intermediação de negócios imobiliários", destaca Teodoro.

Entre as mais recentes mudanças no mercado, Teodoro destaca o oferecimento de serviços automatizados, que dizem dispensar a presença do corretor. "Nada temos contra a tecnologia, ao contrário, ela tem sido uma grande aliada na melhoria e agilidade de nossos serviços. Mas reafirmamos que nada substitui a empatia e a sensibilidade humana na hora de decidir pela compra da casa própria. A presença física do corretor é e será sempre indispensável", diz o presidente do Cofeci.