Outro ponto é estar atento à chama e ao display. "Uma regulagem efetiva de aquecedores a gás mecânicos pode ser observada por meio da chama. No caso de modelos digitais, a atenção deverá ser redobrada quando o próprio dispositivo apitar detectando defeitos ou mau funcionamento", afirma Camilla. No entanto, muitas vezes, o problema pode ser no próprio equipamento. "Quando a sua regulagem padrão não está funcionando, o ideal é chamar imediatamente uma equipe técnica especializada para entender o que está acontecendo", indica a gerente.
Fernando Santos, arquiteto e diretor da Santos Projetos, empresa de assessoria a condomínios, complementa que é preciso também ter atenção às tubulações de água do banheiro. "Quando são muito antigas, feitas de material metálico, a oxidação interna do tubo leva ao estreitamento da passagem de água e à perda de pressão no aquecedor, o que pode causar variações no seu funcionamento. Assim como redes hidráulicas mal dimensionadas também causam problemas clássicos. Um deles é quando se dá descarga no vaso sanitário e acaba cortando a água do aquecedor, fazendo o aparelho desligar e ligar imediatamente em seguida", conta Santos. Ele lembra ainda que, atualmente, não é permitido instalar aquecedores a gás dentro dos banheiros, mas, na maioria dos prédios antigos, essa é a realidade. "O risco dessa situação é quase que exclusivamente para a saúde do usuário do banheiro e é evidência de que o restante da tubulação de gás daquela unidade também é muito antigo e pode apresentar falhas. O principal sintoma de problemas com as tubulações de gás é o vazamento, por isso as inspeções periódicas são tão importantes", ressalta o arquiteto.
Fernando Santos completa que a autovistoria predial, pela abrangência de seu escopo, pode identificar locais do prédio onde há vazamento de gás, especialmente pelo cheiro, mas é somente na autovistoria do gás que serão feitos testes específicos nas tubulações para detecção destes vazamentos. "Lembrando que a autovistoria predial é responsabilidade do condomínio e a autovistoria do gás é responsabilidade da unidade. Outra forma de identificar problemas é o acompanhamento pelos moradores do valor e do gráfico de consumo de gás que estão na fatura da concessionária. O gráfico sempre mostra os 12 meses anteriores ao faturado para que se possa ter referência de consumo do mesmo mês no ano anterior para comparação com o atual. Qualquer alteração brusca é sinal de problemas, seja em tubulações, seja em aparelhos mal regulados", alerta o arquiteto.